Home Destaque Usina de cana-de-açúcar adia inauguração para próximo ano
DestaqueIndústria

Usina de cana-de-açúcar adia inauguração para próximo ano

Compartilhar

A boa demanda pela cana no Noroeste paulista e o layout mais açucareiro da antiga usina Everest, que nunca operou, abortaram os planos dos novos sócios de colocarem a unidade para funcionar em 2019. Ficou para a 2020.

A empresa, rebatizada de Usina Aliança, consorciada entre 25 empresários do setor da região de Penápolis, “está praticamente pronta e podemos começar a operar quem sabe até no início da próxima safra”, disse ao Money Times o líder do consórcio, Roberto Egreja. Moeria inicialmente em torno de 300 mil toneladas até alcançar a capacidade de 1,3 milhão/t.

O adiamento deveu-se por razões estratégicas diante da conjuntura do setor.

A cana foi muito valorizada este ano em uma região que teve muito prejuízo com seca e produtividade nas duas safras anteriores — resultando também em muitas plantas em recuperação judicial — daí que as usinas em operação precisaram de muita matéria-prima para dar conta da capacidade produtiva em mais uma temporada etanoleira.

Ao mesmo tempo, ainda segundo o empresário, que também é presidente da Usina Atena (Martinópolis), a Usina Aliança está configurada para iniciar mais açucareira (80% do mix), commodity que atravessou mais um ano depreciada.

Portanto, os sócios preferiram garantir receita vendendo cana para outros e cumprindo contratos.

“Peso mosca” dentro do setor, como o empresário costuma classificá-la, a Aliança inovará por operar com sócios garantidores de matéria-prima, o grande desafio da atividade sucroenergética. E Penápolis tem tradição desse modelo de operação consorciada, pois a antiga e hoje desativada Usina Campestre trabalhou dessa forma, como também teria sido com a Everest se tivesse de fato entrado em atividade.

E com recursos rateados entre os 25 produtores que entraram no esquema, a previsão sempre foi de gastos considerados modestos inicialmente. Ficou entre R$ 20 e R$ 30 milhões.

A Everest era uma usina pronta há 20 anos, mas que nunca entrou em operação. Agora, os pontos chaves da operação estavam em boas condições, como caldeira e moenda, e de acordo com Egreja, os custos se concentram na parte elétrica, interligações e casa de força (inclusive pensando em cogeração de energia), entre outros.

Compartilhar
Artigo Relacionado
AgrícolaDestaqueÚltimas Notícias

Tecnologia sem emendas de pneus melhora desempenho do transporte de cana-de-açúcar

Testes em usinas canavieiras demonstraram que pneus com tecnologia da Dunlop tem...

IndústriaÚltimas Notícias

Gerenciamento de Ativos Industriais: antecipação de eventos e eficiência operacional nas usinas

A competitividade e a sustentabilidade econômica das usinas sucroenergéticas dependem, cada vez...

Últimas NotíciasDestaque

Com 10,3 milhões de toneladas moídas, Grupo Colombo supera desafios climáticos na safra 2024/25

Segundo Relatório da companhia, apesar das condições climáticas adversas, o Grupo processou...

DestaqueÚltimas Notícias

Chuvas impactam colheita e moagem atinge 38,78 milhões de toneladas no início de junho

Na primeira quinzena de junho, as usinas da região Centro-Sul processaram 38,78...