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Zilor lucrou R$ 65 milhões no 1º trimestre da safra 2024/25
Ebitda ajustado da empresa caiu 34,8% no período, para R$ 204 milhões
A Zilor registrou lucro líquido de R$ 65 milhões no primeiro trimestre da safra 2024/25, alta de 15% em relação ao mesmo período da temporada anterior, conforme balanço financeiro divulgado nesta quarta-feira, 28. O resultado foi influenciado por uma maior equivalência patrimonial e variação positiva do ativo biológico, apesar dos efeitos negativos vindos do etanol e do clima.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado caiu 34,8% no período, para R$ 204 milhões. Esse declínio do Ebitda reflete, principalmente, a redução do volume de vendas de etanol e os menores preços de comercialização no mercado interno, que foram parcialmente compensados pelos melhores preços do açúcar.
“Adicionalmente, houve o impacto temporal decorrente da estratégia de colheita aplicada a essa safra priorizando a colheita da cana de parceiro e postergando a colheita da cana própria que ocorrerá no decorrer da safra”, informou a empresa.
A mudança na estratégia de colheita veio em função do clima seco, que prejudicou, inclusive, a moagem de cana-de-açúcar consolidada no trimestre, que diminuiu 1,9%, para 4,016 milhões de toneladas.
“Iniciamos a safra 2024/25 enfrentando desafios relacionados às condições climáticas adversas que afetaram o setor como um todo. A companhia processou um volume ligeiramente menor de cana, com impacto na produtividade agrícola que foi parcialmente compensado pelo incremento do Açúcar Total Recuperável (ATR)”, disse o CEO da empresa, Fabiano Zillo.
O ATR da cana aumentou 3,3% no período, para 127,8 quilos por tonelada. Mesmo com o impacto no primeiro trimestre da safra, a empresa optou por postergar a colheita da cana própria para priorizar os níveis de qualidade da cana para o decorrer da temporada.
A produção de açúcar da Zilor caiu 5% no primeiro trimestre da safra, para 219,3 mil toneladas, enquanto o processamento de etanol aumentou 3,7%, indo a 169,7 milhões de litros, puxado pelo biocombustível hidratado. Do total, 111,7 milhões de litros de etanol produzidos pela companhia foram do tipo anidro, uma queda de 5,4%. Porém, a fabricação do hidratado aumentou 27,3%, para 58 milhões de litros.
No segmento de bioenergia, foram exportados 214,8 GWh no trimestre, avanço de 10,9% no comparativo anual. O desempenho veio com a entrada em operação dos novos projetos de cogeração de energia nas usinas Barra Grande e São José.
A receita líquida caiu 11,9% no trimestre, para R$ 762 milhões. O resultado também foi pressionado pela redução nos preços e volumes de etanol, e o preço de energia elétrica. O valor médio do biocombustível hidratado recuou 11,9% nos três primeiros meses da safra.
Por outro lado, o recuo da receita foi limitado pelo desempenho da unidade Biorigin e pela estratégia de hedge que permitiu manter ganhos no valor do açúcar. A divisão Biorigin, unidade de biotecnologia da Zilor que produz ingredientes naturais à base de levedura para os segmentos de nutrição animal e alimentação humana, também teve crescimento no volume de vendas.
A Zilor é a maior acionista da Copersucar, companhia brasileira de comercialização de açúcar e etanol e uma das maiores exportadoras mundiais desses produtos, possuindo cerca de 12% do capital da empresa. Todo o volume produzido pela Zilor é comercializado pela Copersucar.