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Zilor teve receita líquida de R$ 827,7 milhões no 1T23, alta de 11,5%

A moagem total de cana-de-açúcar da Zilor somou 10,6 milhões de toneladas, redução de 7,4% em relação à safra anterior
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A Zilor, um dos principais grupos sucroenergéticos do Brasil, com três usinas e uma empresa de ingredientes naturais para produção de alimentação humana e animal,  apresentou uma receita líquida consolidada de R$ 827,7 milhões no primeiro trimestre da safra 2022/23, o que representa uma alta de 11,5% em relação ao 1T22.

A receita líquida de açúcar e etanol da companhia somou R$ 622 milhões no período, crescimento de 15,4% em relação ao primeiro trimestre de 2021/22. “A receita de açúcar somou R$ 259,1 milhões, um incremento de 21,5% em relação ao 1T22, suportada pelos maiores preços da commodity na safra anterior, porém com pequena redução de 0,5% no volume de vendas. Os maiores preços da cana, em função do aumento no valor do ATR (Açúcar Total Recuperável) divulgado e praticado pelo Consecana, contribuíram para melhor resultado”, disse a companhia em relatório.

A receita de etanol foi de R$ 362,9 milhões, 11,4% superior ao registrado no primeiro trimestre deste ano que, mesmo com redução de 7,2% no volume de vendas, teve preço médio superior em 20,1% em relação ao mesmo período do ano passado, devido ao impacto do preço do petróleo.

Em energia, a receita líquida foi de R$ 31,5 milhões no início desta safra, montante 11,1% abaixo do mesmo período de 2022, em razão do menor preço médio quando comparado com o mesmo período do ano passado.

A receita de CBIOs (Créditos de Descarbonização) no início deste ano foi de R$ 19,2 milhões e são referentes a comercialização de 261,6 mil CBIOs no período, ante receita líquida de R$ 2,0 milhões no 1T22 com comercialização de 74,1 mil CBIOs.

“No 1T23, além do maior volume comercializado por demanda de mercado, o preço médio do CBIO em 12 meses também apresentou valorização 241,7%, passando de R$ 29,9/CBIO para R$ 102,3/CBIO, com impacto positivo na receita”, disse a companhia em report.

A receita da unidade Biorigin atingiu R$ 149,4 milhões no período, 10,0% inferior ao mesmo período da Safra anterior, devido a desvalorização do dólar frente ao real, onde cerca de 90% da receita da unidade deriva de exportações, associado ao impactado pelo volume de vendas 12,0% menor ao timing de vendas. Adicionalmente, a unidade foi impactada pelos custos mais altos dos insumos.

O EBITDA Ajustado totalizou R$ 274,3 milhões no 1T23 versus R$ 359,9 no 1T22, com margem de 33,1% e 48,5%, respectivamente. Já o lucro líquido, somou R$ 69,1 milhões, com margem líquida de 8,4%,versus R$ 245,1 milhões no mesmo período da safra anterior, com margem líquida de 33,0%.

O lucro bruto da companhia caiu para R$ 242,5 milhões, 30,7% a menos do que os R$ 349,9 milhões registrados no 1T22. O lucro bruto ajustado do período, de acordo com a Zilor, teria sido R$ 219,5 milhões, versus R$ 298,2 milhões do mesmo período de 2022.

Queda nas vendas e alta nos custos operacionais

O preço médio do açúcar passou de R$ 1.663,7/t, no primeiro trimestre de 2021, para R$ 2.031,8/t no primeiro trimestre da safra 2022/23,o que representa um incremento de 22,1%. O volume de vendas, no entanto, diminuiu 0,5% na comparação entre os trimestres e segue de acordo com a estratégia de comercialização da Copersucar.

O preço médio do etanol também registrou aumento de 20,1% no primeiro trimestre da safra, atingindo o preço de R$ 3.529,9/m3, impactado pelo aumento do preço do petróleo e aumento no valor do ATR (Açúcar Total Recuperável) praticado pelo Consecana. No entanto, o volume de vendas foi de 102,8 mil/m3, volume 7,2% inferior ao1T22.

‘”Na unidade Biorigin houve redução de 12% no volume de vendas no primeiro trimestre em relação ao mesmo período da safra passada, pois houve um impacto no timing de vendas. O preço teve incremento de 2,3% em relação ao 1T22″, disse a companhia.

O custo total da companhia subiu 49,2%em relação ao mesmo período da safra anterior, para R$ 585,2 milhões. Excluindo efeitos contábeis, variação no valor justo do ativo biológico, os custos do primeiro trimestre atingem R$ 608,1 milhões, 37% superior ao mesmo período de 2022.

“Na comparação entre os mesmos períodos na agroindústria, a Companhia registrou aumento nos custos devido, principalmente, ao repasse do incremento de preço aos parceiros produtores de cana através do Consecana, depreciação relacionada a maiores investimentos e maiores custos de insumos, atribuídos principalmente aos maiores preços de diesel e fertilizantes, e de comercialização de açúcar e etanol”, afirmou a companhia em report.

Além disso, de acordo com a Zilor, o período mais curto de moagem do primeiro trimestre, devido às chuvas, impactou em menor diluição dos custos fixos no período. Na unidade Biorigin, a alta do custo dos produtos vendidos ocorreu em razão do aumento custo de insumos, compensado parcialmente pelo menor câmbio e menor volume em comparação como mesmo trimestre na safra passada.

Moagem de cana-de-açúcar caiu

No primeiro trimestre da safra 2022/23, a Zilor processou 3.686 mil toneladas de cana, volume 7,1% inferior quando comparado com o primeiro trimestre da safra 21/22, com redução tanto de cana própria quanto de terceiros. De acordo com a companhia, a região de Lençóis Paulista, SP, apresentou uma redução de 2,6% no 1T23 em relação ao mesmo período da safra anterior.

Já em Quatá, SP, com moagem predominantemente própria, a redução foi de 17,1%. Com relação ao mesmo período da safra anterior, o primeiro trimestre da safra 2022/23 teve menos dias de moagem em razão do maior volume de chuva no início da safra, que impactou no volume de moagem do período de ambas as regiões.

A produção de açúcar no período foi de 207,9 mil toneladas, 10,7% inferior aos 232,8 mil toneladas registradas no 1T22. A produção do etanol somou 148,8 mil/m3, 16,6% inferior aos 178,5 mil/m3 registrados no 1T22. No período, a produção do etanol foi direcionada para o anidro, para capturar maior valor agregado e oportunidades de vendas.

A energia exportada foi de 128,4 mil MWh, um crescimento de 0,6% em relação ao mesmo período da safra anterior. De acordo com a Zilor, mesmo com menor disponibilidade de biomassa, a companhia apresentou melhor eficiência na geração e menor insumo. A energia produzida foi contratada pelo preço médio de R$245,8/MWh no 1T23 versus R$ 278,0/MWh no 1T22.

A Zilor é uma das principais empresas do setor sucroenergético e possui três unidades produtivas no Brasil localizadas no interior de São Paulo, nas cidades de Lençóis Paulista, Macatuba e Quatá. A companhia também diversifica seu portfólio na produção de Ingredientes Naturais, atuando por meio da unidade Biorigin, especializada em processos biotecnológicos para produção de ingredientes 100%naturais para alimentação humana e nutrição animal.

Por Natália Cherubin

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