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Biomassa: participação na cogeração pode crescer 60% nos próximos anos

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O potencial da biomassa e as propostas de modernização do setor de cogeração de energia estão estimulando estudos e novos investimentos na área. De acordo com especialistas, o mercado possui um potencial para crescer até 60% nos próximos anos.

De acordo com o Atlas de Energia Elétrica do Brasil, produzido pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a matriz brasileira de biomassa é baseada em matéria florestal (madeira, principalmente), agrícola (soja, arroz e cana-de-açúcar, entre outras) e rejeitos urbanos e industriais (sólidos ou líquidos, como o lixo), além da lixívia negra (ou licor negro) usado como combustível em usinas de cogeração da própria indústria de celulose.

Um levantamento da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), aponta que a matriz energética brasileira utiliza 43,5% de biomassa, enquanto a média mundial é de apenas 14%.

Ainda segundo a empresa, o sistema de cogeração, a partir da biomassa, é responsável por 8,2% da energia elétrica consumida no Brasil. Em escala mundial, a média é de 2,3%.

Diante desse potencial de produção e material disponível, muitas empresas e setores estão investindo na cogeração de energia elétrica a partir de resíduos da biomassa como estratégia para autossuficiência energética e para geração de novas receitas.

Para isso, empresários estarão reunidos na 27ª FENASUCRO & AGROCANA, a maior feira do mundo exclusivamente voltada ao setor sucroenergético, que acontecerá de 20 a 23 de agosto, em Sertãozinho (SP), em busca de projetos e soluções focados na cogeração de energia.

De acordo com as empresas produtoras de turbinas e plantas industriais, as novas tecnologias de cogeração tornaram o processo 30% mais eficiente do que métodos convencionais. Zilmar José de Souza, gerente de bioeletricidade da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), diz que a bioeletricidade é um campo em expansão e com grandes perspectivas de crescimento, principalmente, em relação a outras fontes renováveis como o papel e a celulose.

“Atualmente, 82% da produção de bioeletricidade é gerada por meio da palha e bagaço da cana. No entanto, com a modernização do setor e a conclusão das reformas que estão em andamento, a bioeletricidade pode crescer até 60% e isso vai estimular e favorecer outras fontes”, afirma

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