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Moagem da safra 2024/25 chega a 377,44 milhões de t
As usinas sucroenergéticas do Centro-Sul já moeram na safra 2024/2025, até 16 de agosto, 377,44 milhões de toneladas, ante 360,06 milhões de toneladas registradas no mesmo período no ciclo anterior, alta de 4,83%. Ainda de acordo com levantamento da Unica (União da Indústria da Cana-de-açúcar e Bioenergia), na primeira quinzena de agosto, as unidades produtoras da região Centro-Sul processaram 43,83 milhões de toneladas ante a 47,94 milhões da safra 2023/2024 – o que representa queda de 8,57%.
Ao término da quinzena, permanecem em operação 258 unidades no Centro-Sul, sendo 239 unidades com processamento de cana-de-açúcar, nove empresas que fabricam etanol a partir do milho e dez usinas flex.
Dados apurados pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) para o mês de julho indicaram um rendimento agrícola de 86,6 toneladas por hectare colhido, em média, nas lavouras do Centro-Sul. Esse valor representa uma retração de 12,2% em relação ao índice registrado em mesmo período da safra 2023/2024. No acumulado de abril a julho, o índice apresenta queda de 5,6%, passando de 94,0 toneladas por hectare colhido para 88,7 toneladas por hectare.
Em relação à qualidade da matéria-prima, o nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) registrado na primeira quinzena de agosto atingiu 151,09 kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar, contra 149,22 kg por tonelada na safra 2023/2024 – variação positiva de 1,25%. No acumulado da safra, o indicador marca 135,15 kg de ATR por tonelada, índice muito próximo ao do último ciclo na mesma posição.
O diretor de Inteligência Setorial da UNICA, Luciano Rodrigues, esclarece que a retratação de moagem observada na primeira metade de agosto não tem relação com os incêndios, que impactaram parte das lavouras após o fechamento da quinzena.
Mix para o açúcar foi menor na quinzena
A produção de açúcar na primeira quinzena de agosto totalizou 3,11 milhões de toneladas, registrando queda de 10,24% na comparação com a quantidade registrada em igual período na safra 2023/2024 (3,46 milhões de toneladas). No acumulado desde o início da safra até 16 de agosto, a fabricação do adoçante totalizou 23,91 milhões de toneladas, contra 22,68 milhões de toneladas do ciclo anterior (+5,41%).
Com efeito, na última quinzena apenas 49,27% da matéria-prima disponível foi direcionada para a produção de açúcar, ante 50,82% observados no mesmo período da safra 2023/2024.
Ainda de acordo com, Rodrigues desde o início da safra as condições climáticas registradas para o desenvolvimento da lavoura prejudicaram a concentração de sacarose e impuseram limitações à fabricação de açúcar.
Na primeira metade de agosto, a fabricação de etanol pelas unidades do Centro-Sul atingiu 2,29 bilhões de litros, sendo 1,47 bilhão de litros de etanol hidratado (+3,02%) e 828,52 milhões de litros de etanol anidro (-10,22%). No acumulado do atual ciclo agrícola, a fabricação do biocombustível totalizou 18,00 bilhões de litros (+7,26%), sendo 11,43 bilhões de etanol hidratado (+17,21%) e 6,57 bilhões de anidro (-6,56%).
Do total de etanol obtido na primeira quinzena de agosto, 14% foram fabricados a partir do milho, registrando produção de 322,05 milhões de litros neste ano, contra 282,02 milhões de litros no mesmo período do ciclo 2023/2024 – aumento de 14,19%. No acumulado desde o início da safra, a produção de etanol de milho atingiu 2,78 bilhões de litros – avanço de 24,75% na comparação com igual período do ano passado.