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Mesmo com quebra de safra, São Martinho registra lucro de R$ 1,53 bilhão

Com muita liquidez no caixa, São Martinho terá safra tranquila
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A São Martinho está finalizando a safra 2021/22 com números financeiros recordes. No balanço financeiro referente ao terceiro trimestre da temporada, apresentou bons resultados nos seus principais indicadores, registrando lucro líquido de R$ 696,9 milhões, um aumento de 156,1% na comparação com igual período da safra anterior.

No período, a receita líquida somou cerca de R$ 1,53 bilhão, 26,2% superior ao resultado do terceiro trimestre de 2021. Com melhores preços médios para comercialização de etanol (+76,9%) e açúcar (+30,9%) no mercado, o EBITDA Ajustado somou R$ 892,8 milhões, 37% acima na comparação anual. A margem EBITDA ficou em 58,3% no 3T22.

Moagem caiu 11,6%

A São Martinho já concluiu seu período de moagem da safra 2021/22 com 19,9 milhões de toneladas de cana-de-açúcar no 9M22, uma redução de 11,6% em relação ao volume processado no mesmo período da safra passada.

Essa redução de acordo com a companhia, reflete, principalmente, a estiagem prolongada no período, além da menor quantidade de dias de safra, em comparação com 9M21.  Considerando que o nível de ATR médio (146,7 kg/ton) se apresentou 0,7% superior no 9M22, o total de ATR produzido reduziu 11,0%.

A produtividade média também caiu de 80,7 t/ha para 71,8 t/ha. O CEO da São Martinho, Fábio Venturelli, afirmou em conferência que a São Martinho reforçou os tratos culturais nas áreas que foram afetadas pelas geadas no ano passado para evitar problemas futuros.

Ao longo da safra atual, a São Martinho produziu cerca de 1,3 milhão de toneladas de açúcar – queda de 12,1% sobre safra 2020/21 – além de 913 mil m³ de etanol (-10,4%), e 760 mil MWh de energia exportada (-8,9%).

“Em 31 de dezembro tínhamos cerca de 293 mil toneladas de açúcar fixadas para a safra 21/22, representando cerca de 81% da cana própria, a um preço médio de R$ 1.958/ton¹. Para a safra 2022/23, na mesma data tínhamos 570 mil toneladas fixadas a R$ 2.118¹/t”, afirmou a companhia em balanço de safra.

O mix de produção açúcar/etanol manteve-se estável na comparação anual, em 47%-53%. O ATR produzido nos primeiros nove meses da safra recuou 11% em relação a igual período da safra anterior.

De acordo com a companhia, o  Índice de Alavancagem da companhia ao final do 3T21 era de 1,15x (Dívida Líquida/EBITDA Ajustado) – um resultado aproximadamente 10% menor em relação à 31 de dezembro de 2020.

CBIOS

No 3T22 foram comercializados cerca de 311 mil CBIOs, com preço médio líquido de R$ 41,4/CBIO (líquido de PIS/Cofins e IR de 15% – retido na fonte). No acumulado da safra foram comercializados 1.027 mil CBIOs, com preço médio líquido de R$ 29/CBIO.

Até 31 de dezembro de 2021, a companhia emitiu cerca de 58,9 mil CBIOs, porém ainda não comercializados.

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