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BTG Pactual concebe crédito verde a Usina Lins

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O BTG Pactual anunciou que concedeu “crédito verde” para a usina Lins. A operação faz parte de sua estratégia para atuar cada vez mais ativamente na estruturação de instrumentos de finanças sustentáveis em sua própria carteira de crédito.

De acordo com o banco, o financiamento bilateral foi realizado por meio de um empréstimo “verde”, que tem uso dos recursos atrelado a benefícios ambientais e se soma a outras transações com engajamento semelhante com clientes do banco. A primeira iniciativa nesse sentido foi uma operação vinculada à sustentabilidade, que foi fechada em 2021 com a Olfar Alimento e Energia e tinha metas atreladas a objetivos de desenvolvimento sustentável.

A operação com a Usina Lins é uma Cédula de Produto Rural (CPR), título que representa a promessa de entrega futura de um produto agropecuário e funciona como facilitador na produção e comercialização. Os recursos devem ser destinados exclusivamente aos processos de produção de etanol, usado para financiar ou refinanciar a produção de bioenergia, enquadrando o empréstimo como verde.

“A operação com a usina Lins é um marco importante para o BTG Pactual, ao estimular o engajamento dos nossos clientes e atrelar o uso dos recursos a benefícios ambientais, o que reforça o compromisso do BTG Pactual em continuar desenvolvendo a indústria de investimentos sustentáveis no Brasil”, afirma a chefe da área de investimentos sustentáveis e impacto do BTG Pactual, Patrícia Genelhu.

Para ela, através de instrumentos financeiros é possível estimular a sustentabilidade nas empresas, contribuindo para o amadurecimento desse mercado.

O banco apoia o agronegócio com operações estruturadas de crédito, financiando as suas principais cadeias. Hoje, o setor representa cerca de 20% da carteira de crédito, com perspectivas de crescimento. “Temos sólido relacionamento com algumas das principais empresas do setor e, além de ser um parceiro estratégico, queremos apoiá-los de diferentes formas para facilitar na adoção das práticas de ESG, que agregam ainda mais valor para os negócios”, explica Genelhu. Nessa estruturação, o banco contou com o apoio da consultoria Resultante para dar o parecer independente para a obtenção do rótulo verde e validação dos benefícios ambientais.

Desde que a área de investimentos sustentáveis e de impacto do BTG foi criada, em 2020, o banco conduziu diversas captações sustentáveis e fechou o primeiro trimestre de 2022 com R$ 6,9 bilhões em linhas desse tipo, incluindo um private placement verde, um financiamento climático com a Sociedade Alemã de Investimentos e Desenvolvimento (DEG) e a Proparco, subsidiária da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), um green bond, acordos com a Corporação Financeira dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (DFC) e com a Japan International Cooperation Agency (JICA), agência do governo do Japão, e seu Programa de Captação Sustentável através de depósitos (CDBs e LFs), lançado em novembro de 2021. A carteira de crédito do banco elegível a finanças sustentáveis já soma R$ 10,2 bilhões.

Por sua vez, a usina Lins afirma ter a sustentabilidade como um dos seus valores, buscando transformar essa proposta em atitudes e conduzindo seu negócio na direção de equilíbrio econômico, social e ambiental. A responsabilidade socioambiental da empresa vai desde o uso responsável do solo, passando pela reutilização de resíduos do processo produtivo e preservação dos recursos naturais existentes, até o apoio a projetos que contribuem para o desenvolvimento das pessoas e sociedade, em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas (ONU).

Em 2007, a empresa aderiu ao Protocolo Agroambiental Paulista e recebeu o certificado de Etanol Mais Verde, que comprova o desenvolvimento de ações de estímulo à sustentabilidade da cadeia produtiva de etanol, açúcar e bioenergia, com boas práticas de produção, conservação de solo e água, eliminação do uso do fogo na colheita da cana e proteção e restauração das áreas ciliares, reuso e reciclagem de resíduos do processamento da cana. Em 2019, a usina Lins obteve o Selo Energia Verde e, em 2020, foi certificada no programa RenovaBio.

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