A moagem de cana-de-açúcar na primeira quinzena de agosto na região Centro-Sul atingiu 38,62 milhões de toneladas, registrando retração de 13,73% em relação à quantidade registrada em igual período do ano passado, quando foram processadas 44,76 milhões de toneladas. No acumulado da safra, de acordo com levantamento da Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar), a moagem totalizou 322,07 milhões de toneladas ante 350,22 milhões de toneladas registradas no mesmo período de 2021 – queda de 8,04%.
O diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, afirma que a redução da moagem registrada na quinzena decorre de condições climáticas adversas, que afetaram a operacionalização da colheita principalmente nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e em São Paulo.
“A moagem segue 28 milhões de toneladas atrasada em relação ao último ciclo agrícola. Esse resultado é influenciado, entre outros fatores, pelo início tardio de operação da indústria, e que, apesar do incremento de 2,5% no rendimento agrícola acumulado de abril a julho da safra 2022/2023 ante o mesmo período da safra 2021/2022, a quantidade de matéria-prima a ser colhida de setembro em diante irá depender do período das chuvas nas regiões canavieiras”, diz ele.
Até o dia 16 de agosto, 256 unidades estavam em operação no Centro-Sul, sendo 245 unidades que processam cana-de-açúcar, sete plantas dedicadas à produção de etanol de milho e outras quatro unidades que fabricam etanol de milho e cana-de-açúcar conjuntamente.
A qualidade da matéria-prima colhida nos primeiros 15 dias de agosto, mensurada em kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar processada, apresentou aumento de 1,80% na comparação com o mesmo período do último ciclo agrícola, registrando 152,50 kg de ATR por tonelada colhida. No acumulado da safra, a queda é de 2,00% com o indicador marcando 135,75 kg de ATR por tonelada.