A EPA (Agência de Proteção Ambiental dos EUA) busca saber da opinião pública sobre a possibilidade de vendas de gasolina com alta mistura de etanol (E15) durante o ano todo nos estados do Centro-Oeste dos Estados Unidos, com base em um pedido feito por governadores estaduais que argumentam que isso aliviaria os preços das bombas e ajudariam os agricultores.
A medida para ampliar as vendas do E15 seria uma vitória para a indústria do etanol, que quer aumentar as vendas do combustível à base de milho e que argumenta que o produto reduziria os preços da gasolina ao ampliar o volume de oferta disponível.
No entanto, os críticos da ideia – incluindo os da indústria de refino – ouvidos pela Reuters, expressaram preocupações de que uma abordagem fragmentada para o crescimento das vendas do E15 poderia introduzir desafios de distribuição logística.
A indústria de refino tradicionalmente tem recusado os esforços para expandir o mercado de etanol porque compete por espaço no tanque de combustível e pode ser caro para misturar.
A EPA impõe uma proibição de verão ao E15 devido a preocupações de que mistura contribuiria para a poluição em climas quentes, embora pesquisas tenham mostrado que a mistura de 15% pode não aumentar a poluição em relação ao E10 (10% de etanol) mais comum vendido durante todo o ano.
Em abril, governadores dos principais estados produtores de milho do Centro-Oeste, incluindo Iowa, Nebraska e Illinois, solicitaram que a EPA efetivamente suspendesse a proibição em seus estados. O chefe da EPA, Michael Regan, disse em setembro que a agência pretende agir sobre o pedido antes do próximo verão.
Críticos a ideia, de acordo com a Reuters, dizem que permitir um tipo de combustível diferente em uma região que é atendida por uma quantidade selecionada de oleodutos pode criar desafios de transporte.
A indústria de biocombustíveis enfrentou obstáculos legais na expansão das vendas de E15 nos EUA no passado.Um tribunal federal de apelações no ano passado derrubou um esforço do governo do ex-presidente Donald Trump para permitir vendas de E15 durante todo o ano, argumentando que não tinha autoridade, uma decisão que foi desencadeada por um desafio da indústria de refino.