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Safra 2023/24 do Centro-Sul deve crescer 6,4%, atingindo 583,6 milhões de t, segundo Pecege

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Colheita Cana (Ilustrativa/RPAnews)
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Diante da valorização do açúcar no mercado, das mudanças anunciadas para cálculo do ICMS sobre os combustíveis e impacto nos preços do etanol, o ATR deve avançar quase 8% na temporada

A safra de cana-de-açúcar 2023/24 do Centro-Sul, que acabou de iniciar, deve moer 583,6 milhões de toneladas, alta de 6,45% em relação a safra anterior e de 11,35% em relação a safra 2021/22. A notícia é animadora para um setor que vem buscando aumentar a sua produtividade. Os dados são do último levantamento do Pecege.

Ainda de acordo com dados do Pecege, a recuperação da produtividade média dos canaviais deve chegar a 78,3 toneladas de cana por hectare, 7,02% em relação a safra anterior, que teve média de 73,1 toneladas por hectare. Já o ATR (Açúcar Total Recuperável) vai ter uma ligeira queda de 1,17%, devendo chegar 139,16 kg/t na safra 2023/24.

O mix de etanol das usinas deve ser u 1,7% menor nessa safra, chegando a 52%. Só de etanol de cana-de-açúcar, devem ser produzidos 25,87  bilhões de litros, alta de 1,75% em relação a safra 2022/23. Deste total, serão 10,84 bilhões de litros de etanol anidro e 14,93 bilhões de litros de etanol hidratado. A produção de açúcar, de acordo com os dados do Pecege, deve atingir 36,82 milhões de toneladas, 9,17% a mais do que a safra anterior, quando foram produzidos 33,72 milhões de toneladas.

ATR deve subir 7,95%

Para os produtores de cana, a notícia também é positiva. De acordo com a projeção do Pecege para a safra 2023/24, o preço acumulado do ATR, usando como referencia o Consecana, será de R$1,2729, o que representa uma alta de 7,95% em relação a safra 2022/23, que fechou 1,1792. A projeção de preço real, considerando a inflação da safra 2023/24, de 4,40% (IGP-M), ainda fica acima da safra anterior, em R$1,2186.

“Diante da valorização do açúcar e da mudança tributaria nos combustíveis, nossas projeções passaram a apontar um preço de fechamento da matéria-prima do setor em torno de R$ 1,2979/kg, um avanço de quase 11% em relação ao ciclo recentemente encerrado. Acreditamos
que esse crescimento irá superar a expectativa de inflação no período, resultando em um aumento real na remuneração da atividade”, afirmam os analistas do Pecege.

Segundo o Pecege, a alta se dá devido a mudança de cálculo do ICMS sobre combustíveis, que impactou os preços para o setor sucroenergético. No cenário atual, a alíquota de ICMS para a gasolina foi fixada em R$ 1,22 por litro a partir de junho de 2023, enquanto antes, a alíquota de ICMS para a gasolina era igual a 18% do preço médio pago pelo consumidor. Isso faz com que o preço do etanol hidratado no mercado interno em São Paulo (R$/litro) atinja R$2,82, frente a R$2,68 que era previsto no cenário anterior.

“A mudança anunciadas no cálculo do ICMS para a gasolina deve levar a um aumento no preço do combustível fóssil e tornar o etanol mais competitivo, principalmente no estado de São Paulo. Estimamos que o efeito isolado dessa mudança resulte em um aumento médio
de R$ 0,14 por litro para esta safra. Além disso, a valorização do petróleo no mercado mundial também deverá favorecer a trajetória do biocombustível ao longo de 2023”, afirmaram os analistas do Pecege.

Natália Cherubin para RPAnews

 

 

 

 

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