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Umoe Bioenergy deve processar quase 30% a mais de cana na safra 2023/24

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A usina Umoe Bioenergy, localizada em Sandovalina, SP, iniciou a safra 2023/24 com expectativa de alta na moagem de cana-de-açúcar. A companhia deve processar 2,550 milhões de toneladas, alta de 27,5% em relação à safra 2022/23, quando a usina moeu 2 milhões de toneladas.

De acordo com CEO da companhia, Gustavo Dias, a alta de 550 mil toneladas de cana-de-açúcar se dá por dois fatores: uma renovação de canavial acima da taxa média e um aumento no TCH do canavial já implantado.

A companhia, que produz apenas etanol, sendo 55% de anidro e 45% de hidratado nesta temporada, iniciou a safra com um ATR acima da média do Centro-Sul para o período que, de acordo com a Unica (União das indústrias de Cana-de-açúcar e Bioenergia), foi de 104,28 kg de ATR por tonelada. A qualidade da cana-de-açúcar colhida superou o recorde de 2013 da Umoe, que foi 105,97 kg, atingindo agora 119,49 kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar processada no período entre 01 de março a 31 de março deste ano.

A Umoe espera um bom desenvolvimento durante a safra. “O canavial teve um fator positivo climático durante a entressafra, somado com os tratos realizados, esperamos um TCH melhor que a safra anterior”, disse Dias.

Segundo o coordenador de planejamento operacional, Everton Passarini, além do teor de açúcar recuperável, os 8,69 kg/t de impureza mineral e 91,62 kg/t de impureza vegetal, também são os melhores para o período em relação ao histórico da Umoe.

“O acompanhamento desses indicadores, juntamente com o programa de maturação da cana, contribui para a entrega de uma matéria-prima de qualidade para a indústria, buscando elevar cada vez mais a produtividade e aumentando nossa competitividade em relação ao mercado”, relata. O programa de maturação da Umoe Bioenergy, tem como papel relevante acompanhar o nível de maturação do canavial para garantir que a colheita é realizada no melhor momento da cana de açúcar.

Para a coordenadora de desenvolvimento e planejamento agrícola, Helena Sanches, a Umoe tem trabalhado fortemente na última década para fortalecer a longevidade da sua matéria-prima.

“A realização de programas como o de maturação de cana reduz a síntese de hormônios para crescimento e reequilibra o metabolismo da cana-de-açúcar para que os fotoassimilados sejam direcionados no acúmulo de sacarose”. Sanches relata ainda que a Umoe adotou o processo de maturação nutricional aos seus carnavais. “Ao longo de todo o ano intensificamos o processo de maturação obedecendo os parâmetros tecnológicos para o manejo de pré-maturadores em associação aos maturadores químicos”, comenta.

Foco da indústria é na análise rápida para tomadas de decisões 

Na indústria, a companhia tem feito investimentos com foco em geração sistêmica e rápida de análises e tomadas de decisões. “Um exemplo é o NIR, instrumento de análise que permite o resultado de análises antes feito por horas, agora em segundos, permitindo ações rápidas no processo. Ainda há um grande espaço para a evolução tecnológica da indústria neste setor, com soluções a serem testadas e confirmadas”, disse o CEO.

A alta na moagem será um dos maiores desafios para a UMOE. “Um dos desafios da companhia será processar um volume maior de cana, garantindo estabilidade operacional no campo e um bom rendimento industrial. Ainda permanece o desafio de garantir boas produtividades do campo aliados a uma boa rentabilidade do negócio como um todo”, disse Dias.

Ainda de acordo com o diretor, o setor ainda possui grandes lacunas e precisa de novas soluções que possam ser suporte para romper paradigmas de produtividade e rentabilidade. “O ganho da produtividade do setor, comparado com outras culturas, tem ficado para aquém. Um grande exemplo é o plantio, que grande parte das empresas retomam o processo manual, conforme realizado por décadas, pois a mecanização, para uma boa parte, não foi uma solução efetiva. Mas, onde há desafios, há oportunidades. Melhorar produtividade aliado a estes desafios é uma grande oportunidade”, conclui Gustavo Dias.

Natália Cherubin para RPAnews

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