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Empresa lança primeiro produto para combate ao florescimento e isoporização da cana-de-açúcar

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Novo produto reduziu em 94% a indução floral e 82% a isoporização da cana-de-açúcar, quando comparada a uma testemunha

Tanto o florescimento quanto a isoporização da cana-de-açúcar são fatores que impactam não só na produtividade da cana-de-açúcar com também na qualidade da matéria-prima que vai para a indústria. Para resolver essa questão, a Corteva Agriscience, acaba de lançar o seu primeiro inibidor de florescimento e isoporização para a cana-de-açúcar, o Relicta.

Segundo a companhia, a inovação faz parte de uma nova geração de produtos para impedir a formação da flor, que causa a desidratação dos tecidos no colmo da planta. A solução preserva o potencial produtivo, a manutenção da qualidade da matéria-prima, auxiliando no aumento da Tonelada de Cana por Hectare (TCH) e tornando a colheita do canavial mais rentável.

Tainá Sipos, líder de Marketing de Cana da Corteva, explica que a formação da flor drena a sacarose e causa prejuízos à qualidade da cana e também impacta na produtividade.

“O florescimento resulta também na isoporização, uma desidratação dos tecidos no colmo, que traz perda de peso final. Assim, gera prejuízos do campo à indústria, entre eles, a redução da produtividade (TCH), do volume de caldo e do teor de sacarose. Agora, com Relicta, o canavicultor tem uma nova ferramenta para o manejo da cana-de-açúcar, que vai auxiliá-lo na produção de qualidade com produtividade e sustentabilidade”, explica.

O produto tem uma nova molécula, a Florpirauxifen, que apresenta diferenciado mecanismo de ação, um Mimetizador de Auxina, que impede a diferenciação celular do eixo caulinar para o eixo floral, promovendo o acúmulo de auxinas nos pontos de crescimento. “Ele pode ser aplicado duas vezes durante o ciclo, além de ter bula para aplicação terrestre e aérea, em cana a partir dos quatro meses de idade após o corte ou plantio e/ou de 4 a 5 entrenós visíveis”, aponta Tainá.

Redução de 94% de indução floral

A companhia revelou em coletiva de imprensa, que foram oito anos de pesquisa e desenvolvimento do produto, com testes em mais de 26 áreas de vários estados do Brasil onde o florescimento e a isoporização são problemas relevantes para a cultura da cana-de-açúcar.

Os estudos foram conduzidos pela equipe da Corteva e os principais consultores e professores especialistas no assunto. “Estudos de campo, realizados em 2023, mostraram que o Relicta proporcionou uma redução na indução floral de 94% e na isoporização de 82% quando comparado a testemunha sem aplicação”, disse Tainá.

Ainda que dados possam variar de acordo com a variedade da planta, condições climáticas e de solo, entre outros fatores, Tainá destacou que além da redução dos danos à cana, o produto manteve em todos os campos a produtividade em TCH da cultura da cana-de-açúcar. “O Relicta é mais uma ferramenta que ajuda a maximizar a produtividade”, finaliza Tainá.

Formulação livre de derivados do petróleo

O novo inibidor de florescimento e isoporização vem com uma formulação inovadora, NeoECTM, é à base de solventes de origem vegetal, com baixa concentração de compostos orgânicos voláteis. Com isso, é livre de derivados de petróleo. Sua molécula é premiada pelo Green Chemistry Award, sendo reconhecida como uma das tecnologias mais inovadoras e sustentáveis do mundo pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA).

“Podemos destacar que o principal diferencial de Relicta é a sustentabilidade na cadeia da cana, que tem um ciclo virtuoso. Ele precisa de menos quantidade de ingrediente ativo por hectare, quando comparado a outras soluções do mercado, o que contribui para os indicadores de certificação das usinas, além de um número menor de embalagens. Relicta® usa 7,5 gramas de ingrediente ativo por hectare, 63 vezes menos que as tecnologias já disponíveis no mercado”, comenta Tainá.

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