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Governo anuncia investimentos de R$ 546,6 bilhões para a agroindústria

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O empresariado estima aportes privados de mais R$ 296,3 bilhões até 2029

O governo federal anuncia nesta terça-feira (3/12) investimentos de R$ 546,6 bilhões para o desenvolvimento agroindustrial do país. Desses, R$ 250,2 bilhões são de recursos públicos em linhas de crédito ao setor até 2026. O empresariado estima aportes privados de mais R$ 296,3 bilhões até 2029, informou o Palácio do Planalto, em nota.

As metas de aumento da mecanização e tecnificação no campo foram ampliadas. Na cerimônia, também haverá assinatura de acordos e de financiamentos a projetos no setor agroindustrial.

O anúncio será feito em cerimônia em Brasília de investimentos para a Missão 1 da Nova Indústria Brasil (NIB) para desenvolver as cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais para a segurança alimentar, nutricional e energética.

Uma novidade é a inclusão do Banco do Brasil no Plano Mais Produção (P+P), como novo braço de financiamento da NIB. As linhas de crédito do BB destinadas à NIB somam R$ 101 bilhões. Com isso, o montante de recursos do P+P chegou a R$ 507 bilhões.

Além do BB, o Plano Mais Produção disponibiliza recursos por meio do BNDES (R$ 259 bi), Caixa (R$ 63 bi), Finep (R$ 51,6 bi), Banco do Nordeste (R$ 16,7 bi), Banco da Amazônia (R$ 14,4 bilhões) e Embrapii (R$ 1 bi).

Metas

As metas da Missão 1 do NIB para o período de 2026 a 2033 foram aprimoradas e aprovadas nessa segunda-feira (2/12) pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI). A primeira é a de elevar o crescimento do PIB Renda Agroindústria para 3% ao ano, em 2026, e para 6% ao ano, em 2033. Entre 2019 e 2023, esse índice cresceu, em média, 1,75%, para R$ 761 bilhões no ano passado.

A segunda meta é aumentar a mecanização da agricultura familiar para 28%, em 2026, e para 35%, em 2033. De acordo com o Censo Agropecuário do IBGE, em 2023, a taxa de mecanização da agricultura familiar alcançava 25%, disse o governo.

A terceira meta é aumentar a tecnificação da agricultura familiar para 43%, em 2026, e para 66%, em 2033. O uso de equipamentos e tecnologias agrícolas, atualmente, é realidade em 35% dos estabelecimentos rurais de agricultores familiares.

O CNDI também definiu as cadeias produtivas prioritárias da Missão 1. A primeira cadeia vai disseminar o uso da agricultura de precisão, com estímulo à produção nacional de drones.

O governo também quer adensar a cadeia de produção de fertilizantes e biofertilizantes, gerando valor aos produtos nacionais e reduzindo a dependência brasileira desses insumos importados. Além disso, o governo vai fortalecer a produção nacional de máquinas agrícolas e suas partes e componentes.

Agricultura familiar

Na cerimônia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai assinar o decreto que cria o Programa Nacional de Pesquisa e Inovação para a Agricultura Familiar e Agroecologia (PNPIAF). O objetivo é promover ações de pesquisa e inovação voltadas para a agricultura familiar, com ênfase na transição agroecológica, nos territórios, na preservação dos biomas e na sustentabilidade dos agroecossistemas.

Os ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), do Desenvolvimento Agrário (MDA) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) vão assinar uma portaria que institui o Conselho Consultivo do Programa Mais Alimentos, que terá a participação de representantes do governo, de entidades da agricultura familiar.

O Ministério da Agricultura e a Petrobras vão assinar um acordo para fortalecer a produção e o desenvolvimento de fertilizantes e insumos para nutrição de plantas no Brasil. O acordo prevê a ampliação e modernização de instalações fabris para produção nacional de fertilizantes, a capacitação de profissionais, o desenvolvimento de tecnologias avançadas, o aprimoramento da infraestrutura e logística, a transferência de tecnologia e o desenvolvimento rural sustentável.

Financiamento

Durante a cerimônia, o Banco do Nordeste (BNB) vai assinar contrato com a empresa Inpasa para o financiamento de R$ 600 milhões de uma nova planta de etanol de milho e sorgo no Maranhão. O projeto terá um investimento total de R$ 1,3 bilhão, com potencial de geração de 351 empregos diretos na nova planta.

A Finep também vai assinar dois contratos, de R$ 250 milhões cada, para o desenvolvimento de produtos inovadores para o setor agropecuário. A empresa Ouro Fino Saúde Animal vai desenvolver a primeira vacina de dose única do mundo contra a doença de Glässer para suínos.

O outro acordo da Finep será com a Lar Cooperativa Agroindustrial. O projeto prevê o desenvolvimento de soluções ligadas a alimentos e suprimentos para aves, buscando a automação dos processos e o uso de novas tecnologias da Indústria 4.0 visando ao aumento de produtividade, redução de custos de produção e segurança alimentar.

Com informações do Globo Rural / Rafael Walendorff
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