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Unem destaca que uso do milho para etanol não impacta o uso como alimento

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A União Nacional do Etanol de Milho (Unem), emitiu ontem, 05, uma nota para afirmar que o etanol de milho não é um concorrente da alimentação, e sim um aliado do agronegócio sustentável. A afirmação foi feita em resposta a questão da inflação dos alimentos no Brasil. A entidade destacou que a inflação tem sido impulsionada por fatores externos, além de oscilações cambiais e crises internacionais.

“O etanol de milho tem se consolidado como um ‘vetor estratégico’ para o agronegócio e para a matriz energética do Brasil. O biocombustível agrega valor à cadeia produtiva, reduz custos logísticos e fortalece a segurança alimentar”, disse em nota.

Dados da Unem, do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), apontam que o Brasil destina 15% de todo o milho produzido no país para a produção de etanol. Outros 28% são exportados e mais de 50% são destinados a alimentação animal. Nos Estados Unidos, por sua vez, o etanol de milho consome 40% da produção total de grãos do país. “Entre 2017 e 2025 há uma maior correlação entre o preço do milho no Brasil e o preço do milho nos Estados Unidos. No mesmo período, não houve correlação entre a demanda por milho para a produção de etanol e os preços do grão brasileiro”, afirma a entidade.

Ainda de acordo com a Unem, diante do volume ainda pequeno de destinação de milho para a produção do biocombustível, “fica claro que o etanol de milho no Brasil não é responsável pelo aumento nos preços dos alimentos e não impacta a inflação do setor alimentício”.

Dados da Unem ainda afirmam que de todo o milho usado para a fabricação de etanol, aproximadamente 98% do volume é oriundo da segunda safra, produzida majoritariamente na região Centro-Oeste, que seria deficiente de logística e armazenagem. “Além disso, desde 2017, quando a primeira indústria de etanol de milho se instalou no Brasil, a produção do grão cresceu 48%. Esse milho, que até a instalação das indústrias de etanol no Brasil, gerava excedentes exportáveis sem agregação de valor, hoje promove a geração de empregos e renda. Portanto, sua destinação para etanol não reduz a oferta interna para alimentação humana ou animal”, afirmou.

O processo de conversão do milho em etanol gera um coproduto para a alimentação animal, os grãos secos de destilaria (DDGs). De acordo com dados do Imea citados pela entidade, entre 2023 e 2024, o custo médio da ração animal caiu de R$ 78 para R$ 75,02 por saca de 40 kg, uma redução de 3,82%.

Segundo a Unem, isso indica que a produção de etanol de milho não pressionou os preços do milho para alimentação animal, o que consequentemente impactaria na inflação dos alimentos. “O custo desses concentrados na pecuária caiu 16,18% no mesmo período, reforçando que o setor de biocombustíveis pode coexistir com a produção de carne sem prejudicar a alimentação da população”, argumenta.

O presidente executivo da Unem, Guilherme Nolasco, ainda afirma que o setor de etanol de milho seria um impulsionador do desenvolvimento econômico no Brasil e estaria longe de ser um “vilão” da alimentação dos brasileiros. “O setor já demonstrou que é essencial para reduzir custos logísticos e aumentar a competitividade da agroindústria brasileira, além de diversificar a matriz energética nacional e contribuir para compromissos internacionais de redução de emissão”, declara.

Redação com informações da Unem
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