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China proíbe xarope de açúcar e empresas tailandesas sofrem perdas de US$ 60 milhões

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Companhias tailandesas que lidam com perdas de cerca de US$ 60 milhões devido à proibição chinesa ao xarope de açúcar enfrentarão fechamentos já no mês que vem, informou um órgão do setor, enquanto as negociações de autoridades do país do Sudeste Asiático para suspender a medida não renderam frutos.

Preocupações com a higiene das fábricas levaram a China a suspender as importações de xarope e pó pré-misturado do segundo maior exportador de açúcar do mundo em dezembro.

No mês passado, autoridades tailandesas disseram que pediram à Tailândia que inspecionasse dezenas de fábricas antes de iniciar negociações para suspender a proibição.

“Nenhuma fábrica está comprando açúcar bruto e as operações estão paralisadas há mais de dois meses”, disse Todsaporn Ruangpattananont, da Associação Tailandesa de Produtos de Açúcar, que normalmente compra um milhão de toneladas do adoçante por ano. “Se não houver saída até março, eles fecharão”.

A Tailândia ainda não recebeu uma resposta da China à lista de fábricas licenciadas pela Administração de Alimentos e Medicamentos, juntamente com detalhes dos regulamentos de segurança alimentar, enviada em 14 de janeiro, disseram duas autoridades do governo tailandês à Reuters.

“Ainda estamos esperando uma resposta do governo chinês”, disse uma das autoridades, que pediram anonimato, pois não estavam autorizadas a falar com a mídia. “A Tailândia está preparada para criar um sistema de inspeção de acordo com o que a China exige”, completa.

O Escritório Nacional de Normas Agrícolas e Alimentos da Tailândia, a principal agência responsável pelo assunto, não respondeu às perguntas enviadas por e-mail. O Ministério do Comércio da China não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Cerca de 40 mil toneladas de xarope e pó pré-misturado enviados para portos chineses foram devolvidos à Tailândia, disse Todsaporn, cuja associação representa 42 usinas de açúcar que fornecem principalmente para a China.

As perdas financeiras resultantes para as empresas tailandesas ultrapassaram 2 bilhões de bahts (US$ 59,51 milhões), ou o dobro da estimativa anterior, acrescentou Todsaporn, refletindo custos de transporte e remessa, multas em portos chineses e preços de venda mais baixos.

A Tailândia foi o principal fornecedor de açúcar líquido da China no ano passado, com embarques de mais de 1,2 milhão de toneladas, afirma a empresa de serviços de cadeia de suprimentos Czarnikow.

Thammasorn Nawilaijaroen, executivo sênior da SMC Food Thailand e da Hefty Food Thailand, que exporta xarope e pó pré-misturado para a China e o Japão, disse que suas duas empresas foram afetadas por perdas de cerca de 100 milhões de bahts por causa da proibição.

A Hefty Food, que exporta xarope somente para a China e embarcou 120 mil toneladas no ano passado, interrompeu a produção, disse ele à Reuters. “Há 300 contêineres que foram trazidos de volta. Ainda não sabemos para quem vendê-los”, disse Thammasorn.

Reuters/Panarat Thepgumpanat
Com reportagem adicional de Kitiphong Thaichareon e Joe Cash

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