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Setor de etanol rejeita baixar tarifa para os EUA e quer disputar mercado no Japão

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Com a iminência de tarifas de 18% sobre o etanol brasileiro pelos Estados Unidos – que devem vigorar a partir de 2 de abril -, o setor sucroenergético nacional intensifica esforços para conquistar o promissor mercado japonês, onde a demanda por biocombustíveis deverá saltar dos atuais 3% de mistura na gasolina para 20% até 2040, criando uma demanda potencial de 9 bilhões de litros por ano.

Em entrevista ao Estado de S.Paulo, o presidente da UNICA, Evandro Gussi, que integra a comitiva presidencial no Japão, foi enfático ao descartar qualquer redução na tarifa brasileira sobre o etanol de milho americano. “Estamos falando de produtos com pegadas de carbono completamente distintas – nosso etanol emite três vezes menos que o norte-americano”, destacou Gussi, lembrando que a Califórnia, principal importador do biocombustível brasileiro, continuará dependente do produto nacional para cumprir suas rigorosas metas ambientais.

O mercado japonês se apresenta como alternativa estratégica, com um plano ambicioso de transição energética que contempla:

  • Elevação da mistura de etanol para 10% até 2030 (4,45 bi litros/ano)
  • Meta de 20% até 2040 (9 bi litros/ano)
  • Desenvolvimento de combustível sustentável de aviação (SAF) a partir do etanol
  • Projetos pioneiros de uso marítimo do biocombustível

Uma comitiva de peso, incluindo representantes da Raízen, Copersucar e outras líderes do setor, acompanha as negociações no Fórum Econômico Brasil-Japão. A UNICA organiza nesta quarta (26) um seminário técnico em Tóquio para destacar as vantagens competitivas do etanol brasileiro, notadamente seu baixo índice de emissões.

Enquanto o governo brasileiro mantém esforços diplomáticos para reverter as tarifas americanas – que devem impactar principalmente os importadores californianos -, a estratégia de diversificação de mercados ganha urgência. O potencial japonês, com sua demanda projetada de 9 bilhões de litros/ano até 2040, representa uma oportunidade única para consolidar o etanol brasileiro como solução global de descarbonização.

Com informações de O Estado de S.Paulo

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