Analistas do UBS BB cortaram a recomendação das ações da Raízen para “neutra” ante “compra” e o preço-alvo para R$ 2,30 ante R$ 3,90, conforme relatório enviado a clientes nesta segunda-feira, 9. “Nós prevemos que a reestruturação positiva que a empresa está realizando levará mais tempo para se materializar em retorno aos acionistas”, afirmaram Matheus Enfeldt e equipe.
Eles destacaram que, após anos de expansão que trouxeram complexidade e um salto na alavancagem, com desafios na cana-de-açúcar e juros elevados, a Raízen está em um novo ciclo, focada em ganhar eficiência e reduzir a carga de juros.
“Isso em algum momento levará a uma redução na dívida, mas acreditamos que os investidores podem esperar, pois estimamos que essa tendência se acelere apenas em dois a três anos, e há riscos”, acrescentaram.
Analistas do Citi também cortaram o preço-alvo das ações da Raízen, de R$ 3,00 para R$ 2,50, conforme reduziram estimativas para a companhia, refletindo principalmente a menor moagem de cana-de-açúcar e a previsão de menor preço do açúcar.
Gabriel Barra e Pedro Gama, contudo, mantiveram a recomendação de compra, citando crença de que a administração atual está seguindo a estratégia correta para desalavancar a empresa, mostrou relatório do banco nesta segunda-feira.
Reuters| Paula Arend Laier