As condições climáticas adversas impactaram a safra 2025 da CRV Industrial, em Carmo do Rio Verde (GO), resultando em uma redução de 5,70% na concentração de sacarose aparente (PC) da cana em relação ao ciclo anterior. O índice caiu de 10,7902 em 2024 para 10,1754 em 2025, comprometendo o rendimento de açúcar por tonelada processada.
Para mitigar os efeitos da queda no PC, a usina adotou ajustes no mix e ampliou em 6,79% o volume de cana destinado à fabricação de açúcar. A estratégia permitiu um avanço de 5,69% na produção: em 115 dias de safra, o volume produzido passou de 1.196.765 toneladas em 2024 (com 78,65 mil toneladas de cana moídas) para 1.264.883 toneladas em 2025 (com 83,99 mil toneladas processadas).
Estratégia e inovação
Segundo o coordenador industrial da unidade, José Bastos de Almeida Neto, além do ajuste operacional, investimentos estruturais foram decisivos para sustentar os resultados. “Modernizamos uma das caldeiras da usina, o que aumentou a eficiência, otimizou a produção de vapor e melhorou a performance operacional. Essa melhoria também reduziu emissões, reforçando nosso compromisso ambiental”, destaca.
Outro avanço foi a implantação do laboratório de cristalografia, que permitirá maior uniformidade dos cristais desde o início da cristalização. Isso aumenta a eficiência no esgotamento da sacarose e eleva a retenção no processo fabril. “Com apoio da Soluciones Científicas, a CRV Industrial será a terceira usina do Brasil a contar com essa tecnologia”, complementa Almeida Neto.
Para o superintendente industrial da CRV, Marcos Coutinho, os resultados refletem a união entre estratégia e inovação: “Com visão de futuro, tecnologia e trabalho em equipe, a CRV Industrial vem enfrentando os desafios da safra 2025 e construindo bases sólidas para resultados ainda melhores nos próximos ciclos.”