Os preços do açúcar recuaram nesta quinta-feira após a forte queda do petróleo no mercado internacional. O contrato março do açúcar bruto na Bolsa de Nova York encerrou o dia com baixa de 0,40%, em 14,85 centavos de dólar por libra-peso, enquanto o açúcar branco negociado em Londres, também para março, caiu 0,45%, para US$424,20.
O movimento negativo ganhou força ao longo do pregão, quando o petróleo WTI atingiu o menor nível em sete semanas. A desvalorização do barril pressiona os preços do etanol e tende a estimular usinas ao redor do mundo a direcionarem uma parcela maior da moagem de cana para a produção de açúcar, aumentando a oferta global do adoçante.
Na última semana, o açúcar já vinha acumulando perdas, atingindo mínimas de três semanas na terça-feira. O recuo foi impulsionado pelo avanço da produção na Índia e no Brasil. Na segunda-feira, a Indian Sugar Mill Association (ISMA) informou que a produção indiana somou 4,11 milhões de toneladas entre outubro e novembro, alta de 43% na comparação anual. O número de usinas em operação também cresceu: 428 estavam ativas até 30 de novembro, frente a 376 no mesmo período do ano anterior.
No Brasil, as projeções recordes reforçam o viés de baixa. A Conab elevou em 4 de novembro sua estimativa para a safra 2025/26, passando de 44,5 milhões para 45 milhões de toneladas de açúcar. Já a Unica reportou que a produção do Centro-Sul na primeira quinzena de novembro subiu 8,7% em relação ao ano anterior, alcançando 983 mil toneladas. No acumulado da safra até a metade de novembro, o volume produzido chegou a 39,179 milhões de toneladas, avanço de 2,1% na comparação anual.
Com informações da Barchart

