Os contratos futuros de açúcar registraram forte valorização nesta terça-feira (23), revertendo perdas iniciais e acompanhando a recuperação do petróleo. Em Nova York, o açúcar bruto com vencimento em outubro fechou em alta de 2,69% (+0,41), cotado a 16,15 centavos de dólar por libra-peso. Já em Londres, o contrato de açúcar branco para dezembro avançou 2,62% (+11,80), encerrando o pregão a US$ 462,80 por tonelada.
A reação do mercado foi impulsionada por uma valorização de 1% no petróleo bruto, que estimulou cobertura de posições vendidas em açúcar. A alta do petróleo tende a favorecer os preços do etanol e pode levar usinas ao redor do mundo a destinar uma parcela maior da moagem de cana para biocombustível, reduzindo a oferta de açúcar.
Apesar da recuperação, o dia começou negativo. O açúcar em NY chegou a registrar o menor patamar em 4 anos e 3 meses para o contrato mais próximo, enquanto em Londres a commodity marcou nova mínima de 4 anos.
O movimento reflete a trajetória baixista dos últimos seis meses, marcada por expectativas de ampla oferta global. Na terça-feira, a consultoria StoneX reforçou esse cenário ao projetar um superávit mundial de 2,8 milhões de toneladas (MMT) para a temporada 2025/26. O dado contrasta com o déficit de 4,7 milhões de t estimado para a safra atual (2024/25), reforçando a pressão de fundamentos sobre os preços.