Os preços do açúcar recuaram na terça-feira em relação às máximas iniciais e se estabilizaram de forma mista. A liquidação de posições compradas nos contratos futuros de açúcar em NY surgiu na terça-feira, após o real brasileiro cair para a mínima em duas semanas em relação ao dólar. A desvalorização do real incentiva as exportações dos produtores de açúcar do Brasil.
O açúcar bruto com vencimento em julho fechou em baixa de 0,03 centavo de dólar, ou 0,2%, indo a 17,44 centavos de dólar por libra-peso. O contrato atingiu seu nível mais baixo desde julho de 2021 na sexta-feira, a 16,97 centavos de dólar, mas se recuperou na segunda-feira. Em Londres, o contrato mais ativo do açúcar branco subiu 0,8%, para US$ 493,80 por tonelada.
Para a Reuters, os negociantes disseram que uma flexibilização do índice do dólar e uma recuperação do petróleo em relação às mínimas de quatro anos deram algum apoio ao complexo de commodities mais amplo nesta terça-feira. No entanto, as preocupações com uma desaceleração econômica alimentada pelas políticas tarifárias dos Estados Unidos e a diminuição das preocupações com a produção brasileira limitaram os ganhos de preços.
Na última semana, a Unica informou que a produção de açúcar do Centro-Sul do Brasil na primeira quinzena de abril aumentou 1,3%, para 731 mil toneladas. O relatório da Unica da última quarta-feira é o primeiro relatório para a safra 2025/26. Na última terça-feira, a Conab previu que a produção brasileira de açúcar para a safra 2025/26 aumentaria 4,0% em relação ao ano anterior, para 45,875 milhões de toneladas.
Na semana passada, a Bloomberg noticiou que a Louis Dreyfus foi a única operadora a entregar açúcar bruto para liquidar o contrato futuro de açúcar de maio em NY, que venceu na quarta-feira. Cerca de 1,5 milhão de toneladas de açúcar foram entregues para liquidar o contrato futuro de maio, o quinto maior volume para o contrato em 5 anos, segundo a StoneX. A grande entrega sinaliza uma demanda fraca por açúcar.
Com informações da Barchart e da Reuters