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Adecoagro processou 1,2 milhão de t a mais no primeiro trimestre e espera 15% a mais de cana na safra

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Com mais cana, a companhia retomou seu processo de colheita contínua e foi um dos poucos grupos que moeu durante a entressafra para produzir açúcar

A Adecoagro,  grupo sucroenergético com três usinas no Brasil, duas em Mato Grosso do Sul e uma em Minas Gerais, registrou moagem de 1,5 milhão de toneladas de cana-de-açúcar no primeiro trimestre de 2023. O valor é 1,2 milhão de toneladas a mais que em 1T22.

De acordo com a companhia, em divulgação dos resultados do 1T23, a alta da moagem foi impulsionada pela maior disponibilidade de cana e bons indicadores de produtividade agrícola. O TCH médio da companhia subiu de 44 t/ha no 1T22 para 73 t/ha no 1T23 e teor de ATR de 100 kg/Ton para 111 kg/tonelada.

“Essa maior disponibilidade nos permitiu retomar nosso modelo de colheita contínua, tornando-nos uma das os poucos players no Brasil a moer cana na tradicional entressafra e produzir açúcar, o produto que oferece a maior contribuição marginal. Desviamos até 46% do ATR total para produção de açúcar. Dentro de nossa produção de etanol, 71% era etanol anidro, que comandou uma prêmio sobre o etanol hidratado. Este último foi armazenado em nossos tanques e posteriormente desidratado usando nosso próprio bagaço, para ser vendido como etanol anidro no mercado interno e na Europa – graças a nossa certificação Bonsucro e capacidade industrial para atingir o nível de pureza exigido”, disse a companhia.

A companhia desidratou mais de 30 mil cúbicos metros de etanol hidratado. Este alto grau de flexibilidade constitui uma das vantagens competitivas mais importantes da companhia, pois permite fazer um uso mais eficiente de seus ativos fixos e lucrar com preços relativos mais altos.

Os resultados durante o 1T23 foram ainda positivamente impactados pelo menor custo unitário de produção devido ao maior volume moído. Apoiado em bons fundamentos, o açúcar registrou alta de preços ao longo do ano e os contratos de 2023 estão sendo negociados, em média, acima de 25 cts/lb.

“Estamos em uma excelente posição para lucrar deste cenário, pois temos compromissos baixos (50% do açúcar protegido a 21,1 cts/lb) e os 46 mil toneladas de açúcar que transportamos para o 2T23 foram vendidas a preços de mercado. Além disso, nossa flexibilidade nos permite atingir um mix de produção anual de 50% de açúcar, acima da flexibilidade do Brasil”, destacou a companhia em report.

Se o clima continuar normal, a Adecoagro espera um volume de moagem em 2023 seja cerca de 15% maior do que em 2022, pois tem ampla disponibilidade de cana-de-açúcar para utilizar a sua capacidade industrial. Isso, segundo a companhia, impacta na redução do custo caixa unitário devido a melhor diluição dos custos fixos.

“Entramos em 2023 com boa disponibilidade de cana e sólidos indicadores de produtividade, o que nos permitiu
para retomar nosso modelo de colheita contínua. Ou seja, conseguimos colher e esmagar a cana durante o primeiro trimestre do ano, que é a tradicional entressafra do setor sucroalcooleiro brasileiro, e assim, fornecer novos produtos ao mercado. Essa é uma das principais vantagens competitivas que nossos cluster no Mato Grosso do Sul possui. Além disso, o desenvolvimento da cana foi favorecido pelas chuvas registradas ao longo do trimestre, suportando assim os atuais altos níveis de produtividade”, enfatizou a companhia em seu relatório.

A energia exportada no trimestre totalizou 58 mil MWh, 222,5% superior em relação ao ano passado, totalmente
explicada pelo aumento do volume de moagem em relação ao ano anterior. No entanto, dados os baixos preços spot devido à o alto nível de água nos reservatórios, usamos nosso bagaço como combustível no processo de desidratação do etanol. Isso nos permitiu produzir mais etanol anidro, demandado tanto no mercado interno quanto no externo,
e capturar um prêmio de preço. Consequentemente, nosso índice de eficiência de cogeração caiu 40,3% em relação
ao ano anterior.

EBITDA tem alta de quase 34%

O EBITDA ajustado durante o 1T23 foi de US$ 76,7 milhões, 33,9% maior em relação ao ano anterior. Isso foi explicado por US$ 23,8 milhões de aumento ano a ano nas vendas e por um aumento de US$ 10,8 milhões ano a ano no mercado da cana colhida em maior volume de moagem.

Os resultados foram parcialmente compensados ​​por maiores custos devido ao aumento da produção aliado ao aumento dos custos dos insumos, de uma perda de US$ 4,1 milhões da posição de hedge de commodities em preços de açúcar mais altos, e por US$ 4,1 milhões de aumento do SG&A, impulsionado por maiores salários e maiores custos de frete devido a mais vendas de açúcar.

As vendas líquidas atingiram US$ 96,7 milhões durante o 1T23, 32,8% acima do 1T22. Isso foi explicado principalmente por maiores vendas de açúcar em maior produção, que compensaram totalmente a redução ano a ano nas vendas de etanol. No caso do açúcar, as vendas foram de US$ 47,5 milhões no 1T23, US$ 39,7 milhões a mais em relação ao mesmo
período do ano passado.

“Isso foi impulsionado por um aumento ano a ano no volume de vendas de 89 mil toneladas como nossa decisão de mix favoreceu a produção de açúcar para capturar o prêmio de preço sobre o etanol.  Vale a pena destacar que 94% das nossas vendas de açúcar foram açúcar VHP (altíssima polarização), que apresentou uma taxa de 9,2% aumento de seu preço de venda em relação ao 1T22, atingindo 20,2 cts/lb”, disse a companhia.

As vendas de etanol foram de US$ 42,3 milhões durante o 1T23, uma queda de 25,6% em relação ao 1T22. Devido ao ano
redução no preço do etanol hidratado, a companhia reduziu o volume deste produto em 62,9% e construiu estoques
que posteriormente pode ser desidratado e transformado em etanol anidro, o que acarreta um prêmio de preço.

“Dependendo das oportunidades de mercado, podemos exportar nossa produção de etanol anidro para a Europa, pois
possuem as certificações necessárias e a capacidade industrial para atender às especificações do produto. Dentro dos 61 mil metros cúbicos de etanol anidro vendidos, 6,6 mil metros cúbicos foram exportados a uma média preço de 20,3 cts/lb (US$ 740/m3).

Pela eficiência e sustentabilidade em nossas operações, classificadas entre as mais altas do setor, a Adecoagro, durante o trimestre, vendeu US$ 2,3 milhões no valor de CBios, 20,8% superior ao ano anterior, a um preço médio de 83 BRL/CBio (16 $/CBio).

As vendas líquidas de energia atingiram US$ 2,5 milhões durante o 1T23, 50,9% acima do ano passado devido a um aumento de 68,1% em preço de venda explicado pelos seus contratos de energia de longo prazo. O volume de vendas caiu 10,2% conforme a companhia priorizou o uso do bagaço como combustível para desidratar o etanol.

Natália Cherubin para RPAnews


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