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Adecoagro tem alta 42% na moagem de cana do primeiro semestre da safra 2023/24

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No primeiro semestre da safra 2023/24, a Adecoagro moeu 5,07 milhões de toneladas de cana, o que representa um crescimento de 42,1%, se comparado ao mesmo período da safra 2022/23, quando a companhia moeu 3,573 milhões de toneladas.

Isto é explicado, de acordo com a companhia, por uma melhoria significativa nos indicadores de produtividade agrícola, incluindo um aumento de 30% na produtividade para 76 toneladas por hectare, mas, principalmente, devido à maior disponibilidade de cana-de-açúcar, o que permitiu a Adecoagro retomar o modelo de colheita contínua durante o primeiro trimestre de 2023.

“Condições climáticas normais em Mato Grosso do Sul durante os primeiros seis meses do ano favoreceram a cana desenvolvimento, com boas chuvas registradas durante o verão. Isso resultou em sólidos indicadores de produtividade de nossa plantação de cana-de-açúcar, aumentando a eficiência em todas as etapas da cadeia produtiva à medida que mais toneladas foram colhidas por hectare e com maior teor de ATR”,  informou a companhia no report divulgado em meados de agosto.

No segundo trimestre da safra 2023/24 a Adecoagro moeu 3,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, volume 9,2% superior ao mesmo período do ano anterior, quando a companhia produziu 3,3 milhões de t. A alta foi impulsionada pela melhora dos indicadores de produtividade agrícola.

O teor de ATR por hectare aumentou 35% em 2T23 em relação a 2T22, como resultado da normalização do tempo e da implementação de técnicas agrícolas, como uso de mudas pré-brotadas (MPB). “Isto nos permitiu reproduzir variedades melhor adaptadas à nossa região num ritmo muito mais rápido, reduzindo a concentração varietal. A capacidade de mudança de mix de produção nos deu mais flexibilidade e permitiu maximizar o produto que oferece a maior contribuição marginal”, informou a companhia no report divulgado há uma semana.

No 2T23, a produtividade da cana-de-açúcar atingiu média de 78 toneladas por hectare, em comparação com 60 toneladas por hectare reportadas no ano anterior, enquanto o ATR  apresentou melhora de 6,3%, totalizando 126 kg/t, ante a 119 kg/t no 2T22.

No 2T23 a Adecoargo desviou 48% do ATR para a produção de açúcar, a fim de capturar preços sólidos que eram negociados em média 33% acima do etanol hidratado em Mato Grosso do Sul. Durante o trimestre, o açúcar foi negociado com um prêmio significativo para ambos, etanol hidratado e anidro em Mato Grosso do Sul, enquanto o etanol anidro continuou a comandar um prêmio sobre o hidratado.

“Dentro da nossa produção de etanol, 70% foi anidro. Para lucrar ainda mais com o prêmio que o etanol anidro tinha sobre o hidratado no trimestre, desidratamos mais de 22 mil m3 de etanol hidratado armazenado em nossos tanques, e até 53 mil m3 no semestre”, disse a companhia.

No acumulado do ano, o mix de produção ficou em 48% de açúcar e 52% de etanol, em comparação com 20%-80%
relatados durante o mesmo período do ano passado. Foram produzidos 199,691 mil m3 no primeiro semestre da safra 2023/24, alta de 3%. Desse volume 140,704 mil m3 são etanol anidro, alta de 56,9% em relação ao mesmo período de 2022, e 58,987 mil m são de hidratado. Já no 2T23, foram produzidos 145,466 mil m3 de etanol, dos quais 43,3 mil são hidratado e 102,083 mil m3 são anidro.

Embora a companhia tenha maximizado a produção de açúcar durante o primeiro seis meses do ano para lucrar com a recuperação dos preços globais do adoçante, o oposto foi observado no primeiro semestre, pois os preços do etanol atingiram níveis recordes no Brasil.

“Este elevado grau de flexibilidade constitui um dos nossos aspectos mais importantes vantagens competitivas, pois nos permite uma utilização mais eficiente dos nossos ativos fixos e lucrar com preços relativos mais elevados”, disseram.

A companhia produziu 299,206 mil toneladas de açúcar no primeiro semestre da safra, alta de 253,7% quando comparado aos 84,582 mil toneladas produzidas no primeiro semestre de 2022. No 2T23, foram produzidos 223,069 mil toneladas de açúcar, alta de 166,5% em relação ao período de 2022, quando a companhia produziu 83,719 mil toneladas.

Cogeração de energia caiu 2,8%

A energia exportada no trimestre totalizou 182 mil MWh, redução de 2,8% em relação ao 2T22. Apesar de apresentando aumento no volume de moagem, a menor energia exportada vem da decisão comercial da companhia de usar o bagaço como combustível no processo de desidratação do etanol para produzir mais etanol anidro, já que é demandado tanto no mercado interno quanto nos mercados de exportação.

“Nosso índice de eficiência de cogeração caiu 11,1% em relação ao ano anterior. No acumulado do ano, a energia exportada aumentou apenas 16,9% em relação ao ano anterior, para 241 mil MWh, apesar de uma taxa de 42,1% aumento no volume de britagem. Novamente, isso foi explicado pela nossa estratégia comercial de utilizar nosso bagaço para alternativas mais lucrativas”, afirmou a companhia em report.

Companhia exportou etanol anidro para Europa

A companhia aproveitou a certificação Bonsucro e sua capacidade instalada para exportar 15,8 mil m3 de etanol anidro para a Europa, totalizando 22,4 mil m3 no 6M23. Além disso, realizou 52% das vendas trimestrais durante um pico de preços em abril, capturando assim preços 12% acima do mercado atual.

“Aproveitando nossa capacidade de armazenamento, levamos para os trimestres seguintes mais de 160 mil m3 de etanol, mais de 30% da nossa produção anual esperada, para lucrar com maior preços futuros”, disseram.

As vendas de etanol totalizaram US$ 61,1 milhões durante o 2T23, queda de 52,6% em relação ao 2T22, impulsionadas por um aumento de 43,2% redução nos volumes vendidos, pois a companhia reduziu seu mix de produção de etanol em relação ao 2T22 e aumentou os estoques transitados.

A redução das vendas também é explicada, segundo a Adecoagro, pela redução de 16,6% no preço médio de venda. Cerca de 73% do nosso volume total vendido durante o 2T22 concentrou-se no mês de abril, quando os preços do etanol atingiram um pico superior a 26 cts/lb de açúcar equivalente, devido ao atraso no início das atividades de colheita no Brasil.

Durante o mês de abril de 2023 a companhia vendeu 51 mil metros cúbicos de etanol para o mercado interno ao preço médio de 21,3 cts/lb açúcar equivalente, 12% acima do preço médio do trimestre, aproveitando um pico de procura devido a um fim de semana prolongado.

“Essas vendas representaram 52% do volume vendido trimestralmente, dos quais 30 mil m3 foram etanol anidro e o restante etanol hidratado. Isso faz parte da nossa estratégia comercial vender sempre cada produto ao melhor preço possível”, disse a companhia.

Cenário positivo para açúcar

Os preços do açúcar continuam a ser apoiados por fundamentos sólidos e estão sendo negociados, em média, acima dos 24 cts/lb pela companhia. “Estamos numa excelente posição para lucrar com este cenário, uma vez que permanecemos sem cobertura em 26% do nosso produção de açúcar esperada para 2023 e 87% da produção de 2024, volume coberto em 22,3 cts/lb e 23 cts/lb, respectivamente”, afirmou a companhia.

No caso do açúcar, as vendas totalizaram US$ 106,8 milhões no 2T23, apresentando um aumento de 5,3 vezes
em comparação com o mesmo período do ano passado. Isso foi impulsionado por um aumento nos volumes de vendas
de 165 mil toneladas.

“Nossa decisão de mix favoreceu a produção de açúcar para capturar o prêmio de preço sobre o etanol, juntamente com um aumento de 15% ano a ano no preço médio de venda, uma vez que nos beneficiamos da recuperação dos preços globais do açúcar causada pela oferta global limitada”, disse a companhia.

Dentro do volume vendido, 98% correspondeu ao açúcar VHP (muito alta polarização), que apresentou aumento de 17,9% no seu preço de venda em relação ao ano anterior, atingindo 23 cts/lb. No acumulado do ano, as vendas de açúcar atingiram US$ 154,3 milhões, 5,5 vezes superior ao ano anterior devido ao aumento ano a ano nos volumes vendidos de 254 mil toneladas, juntamente com um aumento de 9,5% ano a ano no preço médio de venda.

Natália Cherubin para RPAnews

 

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