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Alckmin defende a ampliação do uso de etanol e biodiesel em combustíveis

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O vice-presidente Geraldo Alckmin esteve no Rio Grande do Sul nesta sexta-feira, 26, e defendeu a ampliação do mercado para o biodiesel no Brasil. Ele destacou que a marca B15, mistura de 15% de biodiesel ao diesel puro, foi antecipada para 2025 por decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) no final do ano passado.

Anteriormente o aumento da taxa de biocombustível estava prevista para 2026. O CNPE também definiu que, a partir de 1º de março, a mistura passa de 12% para 14%.

A manifestação do vice-presidente ocorreu durante o lançamento da pedra fundamental de uma usina de etanol em Viadutos, município de 4,8 mil habitantes localizado no norte do Rio Grande do Sul. A construção da unidade industrial terá investimento de R$ 800 milhões e será conduzida pelas empresas Conexão Sul Brasil Holding, na captação de recursos, e FZ BioEnergia. O futuro empreendimento gerará etanol a partir do milho, triticale, cevada e trigo.

“Já está decidido, em março será B14 e, no ano que vem, B15. Haja indústria para processar tudo isso. Quem ganha é o meio ambiente, por que você está trocando o diesel por uma energia mais limpa, que é o óleo vegetal. Além disso, em vez de importar o diesel dos Estados Unidos, vamos fabricar aqui no Brasil, e uma energia mais limpa”, disse Alckmin, em entrevista coletiva.

Segundo o vice-presidente, a porcentagem de mistura de etanol na gasolina também deve aumentar de 27,5% para 30%, conforme proposta apresentada em setembro de 2023. O índice é uma oportunidade ao norte gaúcho, que dá os primeiros passos na construção de usinas de etanol: três das cinco licenciadas pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) estão na região norte (Carazinho, Passo Fundo e Viadutos).

No lançamento, o prefeito de Viadutos, Claiton dos Santos Brum (PTB), afirmou que o orçamento do município deve crescer de quatro a cinco vezes a partir do início do funcionamento da usina. Hoje, o orçamento anual da cidade é de R$ 34 milhões. O empreendimento deve começar a ser construído em fevereiro, com conclusão estimada para o fim de 2025.

Segundo José Fortunati, sócio-administrador da FZ BioEnergia, responsável pela obra, a empresa planeja agregar 10 mil pequenos produtores rurais da região. “Teremos emprego direto, ou seja, é algo que certamente vai mudar a cara não somente de Viadutos, mas de toda a região, contribuindo para o desenvolvimento, geração de emprego e renda e, principalmente, fazendo com que os municípios possam ter ainda mais recursos através da arrecadação de tributos”, afirmou.

Zero Hora/Mateus Leal e Julia Possa
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