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Alta produção de açúcar na Índia pressiona preços internacionais

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Os preços do açúcar encerraram a quinta-feira em baixa, refletindo a consolidação das perdas acumuladas ao longo da semana. O movimento ocorre após uma forte queda registrada na segunda-feira, quando as cotações atingiram o menor nível em uma semana e meia, influenciadas pelo avanço acelerado da produção indiana.

O contrato de açúcar bruto com vencimento em março de 2026 caiu 0,05 centavo de dólar, ou 0,3%, indo a 14,88 centavos de dólar por libra-peso, depois de recuar 0,3% na quarta-feira. Por sua vez, o contrato mais ativo de açúcar branco caiu 0,2%, para US$ 425,20 por tonelada, após ter retraído 0,7% na quarta-feira.

Segundo a Indian Sugar Mill Association (ISMA), a produção de açúcar na Índia entre outubro e novembro atingiu 4,11 milhões de toneladas, alta de 43% em relação ao mesmo período do ano anterior. A ISMA também informou que 428 usinas estavam em operação até 30 de novembro, acima das 376 registradas um ano antes — um sinal claro de maior moagem e oferta crescente no curto prazo.

A valorização do petróleo bruto amenizou parte das perdas na quinta-feira. O WTI atingiu a máxima de duas semanas, o que tende a sustentar os preços do etanol e, consequentemente, estimular usinas globais a direcionarem mais cana para a produção do biocombustível, reduzindo a oferta de açúcar.

No Brasil, entretanto, o cenário segue baixista para os preços. A Conab elevou em 4 de novembro sua projeção para a safra 2025/26, estimando 45 milhões de toneladas de açúcar — acima do número anterior, de 44,5 milhões de toneladas, reforçando a perspectiva de oferta recorde. Na mesma linha, a Unica reportou na segunda-feira que a produção do Centro-Sul na primeira quinzena de novembro avançou 8,7% na comparação anual, totalizando 983 mil toneladas. No acumulado até meados de novembro, a região soma 39,179 milhões de toneladas, aumento de 2,1% ante o ciclo anterior.

Apesar da pressão baixista, o mercado chegou a ensaiar um movimento de alta na semana passada. Na sexta-feira, os preços alcançaram o maior nível em seis semanas, impulsionados por preocupações com oferta global mais apertada. Isso porque, na quarta-feira anterior, a StoneX reduziu sua estimativa para a produção de açúcar do Centro-Sul na safra 2026/27, de 42,1 milhões para 41,5 milhões de toneladas, o que poderia enxugar parte da disponibilidade futura.

Com informações da Barchart

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