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Apesar da alta na cotação do câmbio, o mercado internacional de insumos desacelerou durante o mês de abril

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Durante a primeira quinzena de abril, observou-se um aumento significativo nas cotações do dólar e do Brent. No mercado de câmbio, a valorização foi impulsionada por uma série de fatores, incluindo tensões geopolíticas no Oriente Médio, a publicação de indicadores econômicos dos EUA, incertezas sobre a manutenção da taxa de juros pelo FED e o ajuste das metas fiscais brasileiras. Esses elementos afetaram negativamente a força do real, levando a cotação do dólar a atingir R$ 5,27 no dia 16/04, o maior valor de fechamento em pouco mais de um ano.

No que diz respeito às cotações do petróleo, o mercado permaneceu sob pressão durante o mês de abril, em resposta aos incidentes no Oriente Médio. A situação se intensificou quando o Irã, um dos principais produtores de petróleo do mundo, lançou ataques a Israel na metade do mês. Os conflitos na região levaram o Brent a ultrapassar os US$90 por barril no início de abril.

No entanto, apesar das tensões geopolíticas, as cotações se suavizaram ao longo do mês, em resposta aos dados de inflação dos EUA, que podem manter as taxas de juros em níveis mais altos por mais tempo do que o esperado. Assim, a ausência de escalada dos conflitos e a baixa expectativa de consumo fizeram com que os preços futuros se amenizassem e retornassem para cerca de US$83 por barril.

Apesar da tendência de alta nas cotações do dólar e do petróleo, o mercado global de insumos, de forma geral, desacelerou durante o mês de abril, à medida que a tensão que se instalou no mês anterior não se prolongou.

Os fertilizantes responderam principalmente aos indicadores de oferta e demanda e, especificamente ao longo do mês de abril, a demanda foi menor do que a observada em março. Como resultado, os preços da Ureia, MAP e Cloreto de Potássio apresentaram reduções.

Por outro lado, o cenário internacional de defensivos manteve-se estável ao longo do mês. As cotações dos ativos da China, principal fornecedor de moléculas para o Brasil, continuaram em patamares baixistas. Desta forma, a defasagem cambial contribuiu para que os preços das moléculas não apresentassem uma redução mais significativa durante o mês de abril.

*Nathan de Castro é analista de Insumos do Pecege Consultoria e Projetos

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