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Edição 185

As melhores cervejas nacionais

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A história da produção de cerveja no Brasil começa por volta do século XIX, ou seja, há pouco menos de 200 anos. Apesar de estarmos atrás de alguns países como a Alemanha, Bélgica e Irlanda, onde a produção de cerveja é tradição há quase10 mil anos, estamos chegando lá. E bem rápido. Hoje somos o terceiro maior produtor do mundo. São 50 fábricas, entre grandes e microcervejarias, que são responsáveis pela produção de 14,1 bilhões de l de cerveja por ano, segundo os últimos dados da CervBrasil (Associação Brasileira da Indústria da Cerveja) de 2016.

Um dos motivos pela demora na popularização desta bebida em nosso país foi Portugal, que na época em que ainda colonizava o Brasil, dava preferência a importação do vinho português ao invés de incentivar a produção da cerveja. Influenciados por isso, o vinho e a cachaça acabaram se tornando as bebidas preferidas dos brasileiros até o final do século XIX. Isso mudou a partir de 1836, quando a primeira indústria cervejeira abriu suas portas no Rio de Janeiro. Na época, a bebida foi anunciada da seguinte forma: “Na rua Matacavalos, número 90, e rua Direita, número 86, da Cervejaria Brasileira vende-se cerveja, bebida acolhida favoravelmente e muito procurada. Esta saudável bebida reúne a barateza, um sabor agradável e à propriedade de conservar-se por muito tempo”.

Daí em diante a evolução foi rápida. Prova disto é que em pouco tempo chegamos a um mercado maduro e que continua em expansão. Temos grandes marcas comerciais, presença cada vez maior de cervejas especiais e também uma boa gama de cervejas artesanais. Hoje, mesmo com apenas quatro fabricantes de cerveja sendo responsáveis por 96% do mercado nacional, as cervejarias menores ou artesanais vêm apresentando crescimento anual entre 30% e 40%, conquistando cada vez mais uma fatia importante do consumidor brasileiro.

Com uma infinita variedade de maltes, cevadas, trigos e outros ingredientes, as mais diferenciadas do mercado atraem os mais diferentes paladares. Notas de jasmin, wasabi, chocolate e frutas são alguns dos aromas adicionados a estas novas receitas. São estes pequenos detalhes e cuidados que fazem da cerveja a nova “paixão nacional”. Pensando nisso, a RPAnews traz para você os dez rótulos nacionais mais premiados da atualidade de acordo com o ranking da BeerArt, que foi produzido através do resultado de um cruzamento de medalhas concedidas nos principais concursos cervejeiros realizados em 2016. Nesteranking geral estão as grandes e as pequenas cervejarias.

São chamadas de cervejas artesanais aquelas produzidas quase que de forma caseira. Várias microcervejarias, mesmo utilizando equipamentos modernos e engarrafando suas produções, são consideradas como artesanais pelo simples fato do cuidado que se têm em sua produção, indo desde os ingredientes básicos da cerveja, passando pela receita de preparo e chegando até aos conservantes finais, que devem ser naturais e não químicos. Já outras microcervejarias ou cervejarias caseiras, levam o significado ao pé da letra e utilizam equipamentos pequenos, que cabem em qualquer cozinha. Normalmente, elas não possuem engarrafadoras e guardam suas produções em garrafas de cerveja comum e rolhas.

Com a popularização das cervejas artesanais, surgiram muitos concursos com a intenção de premiar as melhores criações. Entre os campeonatos mais importantes do mundo, podemos destacar o European Beer Star, realizado na Alemanha, a World Beer Cup, nos Estados Unidos, World Beer Awards, realizado no Reino Unido, e a South Beer Cup, que acontece na América do Sul. No Brasil, um dos mais conhecidos é o Festival Brasileiro de Cerveja, que acontece anualmente na cidade de Blumenau, SC.

AS 10 CERVEJAS MAIS PREMIADAS DE 2016 BAMBERG ALTBIER

BAMBERG ALTBIER

Estilo: German-style Altbier

Cervejaria: Bamberg (Votorantim, SP)

Teor alcoólico: 5%

Características: notas de frutas vermelhas, floral e caramelo. Coloração marrom avermelhada cristalina, com espuma persistente. Presença de um frutado sutil, toffee e caramelo, amargor marcante do lúpulo, final seco.

Último prêmio: medalha de ouro na etapa Brasil World Beer Awards 2016

GUANABARA WOOD AGED / ITHACA

Estilo: Wood and Barrel Aged

Cervejaria: Colorado (Ribeirão Preto, SP)

Teor alcoólico: 10,5%

Características: é a Colorado Ithaca produzida para o mercado norte-americano, com a diferença que é envelhecida em barris de Amburana. Feita com uma mistura de maltes importados, lúpulo e rapadura queimada.

Último prêmio: medalha de ouro na International Beer Challenge 2016

HAUSEN DUNKEL

Estilo: German-style Schwarzbier

Cervejaria: Hausen Bier (Araras, SP)

Teor alcoólico: 4,7%

Características: encorpada, de coloração escura (é uma schwarzbier) e levemente lupulada, com espuma densa e final seco. Os maltes torrados especiais remetem a caramelo, chocolate e café.

Último prêmio: medalha de ouro & melhor lager do mundo no World Beer Awards 2016

EISENBAHN WEIZENBOCK

Estilo: South German-style Weizenbock

Cervejaria: Eisenbahn (Blumenau, SC)/Grupo Brasil Kirin

Teor alcoólico: 8%

Características: é uma mescla dos estilos Weizen e Bock. Usa seis tipos de malte. É escura, feita de trigo e não filtrada. Com aroma frutado e de especiarias, tem baixo amargor e corpo alto. Apresenta notas de torrefação, banana e cravo.

Último prêmio: medalha de ouro e melhor do mundo na sua categoria no World Beer Awards 2016

WÄLS PETROLEUM

Estilo: American-style Imperial Stout

Cervejaria: Wäls (Belo Horizonte, MG)

Teor alcoólico: 12%

Características: produzida com diversos tipos de grãos escuros, corpo aveludado, licoroso e denso. Aromas complexos de chocolate belga, café, toffee e caramelo. Maturada com cacau extra bruto/torrado belga.

Último prêmio: medalha de ouro na International Beer Challenge 2016

BIER HOFF PILSNER

Estilo: Bohemian-style Pilsener

Cervejaria: Bier Hoff (Curitiba, PR)

Teor alcoólico: 5%

Características: carrega um rico aroma floral, mantendo o equilíbrio entre o sabor herbáceo, o seco do lúpulo e a doçura da cevada.

Último prêmio: medalha de ouro e melhor cerveja brasileira na Copa Cervezas de América 2016

BIERLAND BOCK

Estilo: Traditional German-style Bock

Cervejaria: Bierland (Blumenau, SC)

Teor alcoólico: 7%

Características: apresenta cor marrom avermelhada, resultado de um blend de cinco tipos de malte de cevada. Dois tipos de lúpulo são utilizados. Nuances de caramelo, chocolate e leve torrefação.

Último prêmio: medalha de ouro no Festival Brasileiro da Cerveja de 2016

BAMBERG MAIBAUM

Estilo: German-style Heller Bock/Maibock

Cervejaria: Bamberg (Votorantim, SP)

Teor alcoólico: 6,5%

Características: encorpada, apresenta coloração laranja, cristalina, espuma com boa formação e boa persistência.

Último prêmio: medalha de ouro na International Beer Challenge 2016

URWALD EXPORT

Estilo: German Dortmunder/Export

Cervejaria: Urwald (São Vendelino, RS)

Teor alcoólico: 5%

Características: Cerveja de coloração dourado intenso, sabor refrescante e equilibrado entre o malte e o lúpulo.

Último prêmio: medalha de ouro na South Beer Cup 2016

BLUMENAU FRIDA BLOND ALE

Estilo: Belgian-style Blonde Ale

Cervejaria: Cerveja Blumenau (Blumenau, SC)

Teor alcoólico: 7%

Características: de cor amarela profundo, essa blond-ale tem em seu aroma notas frutadas e condimentadas, que faz lembrar o cravo. O sabor inicial é adocicado e maltado, e ao final um leve amargor com um final seco.

Último prêmio: medalha de ouro na South Beer Cup 2016

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