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Ativo biológico pode garantir melhor pegamento de mudas pré-brotadas de cana

Para produtores de cana safra 2020/21 foi melhor do que o esperado
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O ativo biológico Bacillus aryabhattai, descoberto pelo pesquisador da Embrapa, Itamar Melo, inoculado em mudas pré-brotadas de cana, mostrou resultados positivos no pegamento de mudas na fase inicial de desenvolvimento após transplantio, principalmente em condições de estresse hídrico.

A pesquisa da Embrapa, que testou algumas cultivares, estuda o potencial da inoculação deste microrganismo nas mudas de cana quando estas são submetidas a diferentes regimes de fornecimento de água após transplantio.

A pesquisa tem demonstrado que pode haver efeito benéfico do uso do ativo biológico, dependendo do cultivar de cana utilizada. As pesquisas foram feitas com diferentes variedades de cana, em um processo de screening das mais responsivas.

Segundo o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, André May, nessa pesquisa, as variedades que mais se destacaram foram: a IAC 911099 e a RB 855156. “Mas há dados publicados para outro conjunto de cultivares”, adiciona.

Ao longo do período experimental foram avaliadas a mortalidade, a altura das plantas, o número de folhas, o diâmetro do colmo e número de perfilhos, além de outras características importantes. Ao final da pesquisa, foram medidas também a massa seca da parte aérea e a massa seca de raízes das plantas.

O que pode ser observado foi um efeito do uso do ativo biológico no crescimento da parte aérea, afetando também a massa das plantas, o diâmetro e altura do colmo.

“Observou-se ainda que o desenvolvimento das raízes foi influenciado pelo uso do ativo, dependendo do cultivar e da quantidade de água aplicada no sistema”, destaca o pesquisador.

Ainda de acordo com ele, em linhas gerais pode-se notar que as plantas inoculadas com o ativo biológico tiveram um melhor desempenho inclusive em condições de elevado estresse hídrico.

“Com a elevação da quantidade de água disponível no sistema não houve prejuízo para as plantas tratadas, uniformizando os tratamentos. O que se conclui é que o ativo promove uma maior tolerância da planta à condição adversa de cultivo, permitindo que a planta continue seu processo de acúmulo de massa seca mesmo em baixas quantidades de água disponível no solo”, afirma May.

Entretanto, de acordo com May, novas pesquisas ainda precisam ser realizadas, pois existe uma grande variação na resposta do ativo biológico de acordo com o material genético utilizado.

“Os ganhos são bastante variáveis, pois, dependendo do cultivar, a maior resposta se dá no desenvolvimento das raízes. Mas, em linhas gerais, pode-se alcançar ganhos de 14% para a cultivar RB 855156 no desenvolvimento da parte aérea”, destaca o pesquisador.

A pesquisa visou o entendimento da influência do ativo biológico no pegamento inicial das mudas pré-brotadas logo após o transplantio. Sendo assim, nesta pesquisa a Embrapa não chegou até a fase de colheita dos colmos. Mas, outras pesquisas foram realizadas pela pesquisadora Nilza Patrícia Ramos, que levaram as plantas até a primeira soca, um trabalho que está para ser publicado em breve, segundo May.

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