Safra cana
ATR: valor dever atingir R$ 1,28 na safra 2021/22
Considerando os movimentos recentes, a cana-de-açúcar sofrerá ligeira valorização durante o último mês da safra 2021/22. Em termos de preço acumulado, o Pecege projeta um ATR em São Paulo em torno de R$ 1,1921, devendo consolidar uma valorização próxima de 53% sobre o realizado na safra anterior.
Para a safra 2022/23, a possível elevação na curva futura dos mercados de açúcar e petróleo como consequência do conflito entre Rússia e Ucrânia, deve se refletir em um aumento no ATR que, de acordo com as projeções do Pecege, terá um preço acumulado em torno de R$ 1,2817.
“Ressaltamos, entretanto, que mudanças na política da Petrobras e na alíquota do ICMS podem alterar a evolução no preço da matéria-prima do setor durante o próximo ciclo agrícola”, afirmaram os especialistas do Pecege em seu relatório mais recente.
Preços das commodities
Curva futura do açúcar no mercado externo deve ficar próxima dos ¢US$ 19 em 2022/23, valores acima dos valores vistos no maior período da safra anterior. No Brasil, o preço do açúcar FOB deve ficar em R$ R$ 2,3 mil por t de acordo com as projeções. Já o preço do brent do petróleo, que ultrapassou a barreira dos US$ 100 durante o mês de março, tende a ficar próximo a US$ 97 ao longo da safra 2022/23. A taxa de câmbio, de acordo com os analistas, que atingiu cerca de R$5,19, deve permanecer ao longo do ano próximo de R$ 5,50.
Para o etanol anidro, a projeção do Pecege é que o preço médio seja maior do que o registrado na safra anterior (R$ 3,58) e atingindo R$ 3,79, com uma alta no período de colheita da cana, entre junho a outubro, quando deve chegar a pouco mais de R$ 4. Já o etanol hidratado deve atingir um preço médio de R$ 3,40, uma alta de R$ 0,24, se comparado ao preço médio da última temporada.
Por Natália Cherubin
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