Home Últimas Notícias Aumento da mistura de etanol pode elevar produção do biocombustível em 16% no Brasil
Últimas Notícias

Aumento da mistura de etanol pode elevar produção do biocombustível em 16% no Brasil

Compartilhar

A possível elevação do percentual de etanol anidro na gasolina para 30% (E30) representa uma oportunidade significativa para o setor de biocombustíveis no Brasil. Segundo relatório da BIOIND MT, divulgado em fevereiro, a mudança poderá aumentar a demanda por etanol anidro em 2,06 milhões de metros cúbicos (m³) na safra 2025/26, um crescimento de 16,2% em relação ao volume projetado para 2024/25.

Atualmente, com a mistura obrigatória em 27%, a demanda total por etanol anidro no Brasil é estimada em 12,7 milhões de m³. Caso o novo percentual seja aprovado, esse volume poderá atingir 14,76 milhões de m³ no período 2025/26.

A adoção do E30 depende da conclusão dos testes de viabilidade técnica, prevista para março, e da avaliação do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Se implementada, a medida fortalecerá a cadeia produtiva do etanol, beneficiando produtores, distribuidores e o meio ambiente.

LEIA TAMBÉM: Biocombustíveis: incertezas sobre subsídios e tarifas de Trump impactam produção nos EUA e Canadá

“A ampliação da mistura obrigatória é um passo estratégico para consolidar o etanol como protagonista na matriz energética do país. Esse aumento fortalece toda a cadeia produtiva, incentivando o uso de um combustível renovável e de menor impacto ambiental”, destacou Giuseppe Lobo, diretor executivo da BIOIND MT.

O aumento da mistura também deve ampliar o papel do etanol de milho, que já representa parte significativa da produção nacional. No Mato Grosso, estado líder na produção desse biocombustível, a demanda adicional poderá chegar a 445,95 mil m³.

Previsibilidade e políticas públicas

A BIOIND MT reforçou a importância da previsibilidade regulatória e do avanço de políticas públicas, como o programa Combustível do Futuro, para garantir segurança aos investidores e estimular a competitividade do setor.

“A previsibilidade regulatória e o avanço de políticas públicas são fundamentais para garantir segurança aos investidores e estimular a competitividade do setor”, afirmou Lobo.

A entidade seguirá acompanhando a evolução do cenário e fornecendo análises estratégicas para orientar o setor na transição para um modelo energético mais sustentável e eficiente.

Compartilhar
Artigo Relacionado
Últimas Notícias

Tarifaço de Trump pode ter impacto maior no etanol do que no petróleo, diz Adriano Pires

Mais do que o setor de petróleo, o impacto da tarifa de...

Últimas Notícias

Tarifaço de Trump deve impactar setor pernambucano de cana-de-açúcar, diz Sindaçúcar-PE

Tarifa de 50% pode desestabilizar planejamento das exportações do estado, que teve...

Últimas NotíciasDestaque

Sucroenergéticas integram relação das dez maiores recuperações judiciais do agronegócio

Usina Açucareira Ester, Grupo Safras e Usina Maringá (grupo Diné) atuam com...