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Biocombustíveis dos EUA aumentaria as emissões de gases de efeito estufa no curto prazo, diz a EPA

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A proposta da EPA (Agência de Proteção Ambiental dos EUA) de aumentar os mandatos de mistura de biocombustíveis até 2025 elevaria, no curto prazo, as emissões de gases de efeito estufa antes de produzir reduções no longo prazo. As informações são dos documentos da própria agência.

O Padrão de Combustível Renovável exige que as refinarias de petróleo do país adicionem bilhões de galões de biocombustíveis, como etanol à base de milho, em uma política destinada a ajudar os agricultores, reduzir as importações de energia e combater as mudanças climáticas.

A EPA revelou este mês uma proposta que aumentaria os volumes obrigatórios nos próximos três anos de 20,82 bilhões de galões em 2023 para 22,68 bilhões de galões em 2025 – incluindo mais de 15 bilhões de galões anualmente de biocombustíveis convencionais, como etanol à base de milho.

Essa proposta aumentaria as emissões de gases de efeito estufa no prazo de três anos entre 81 milhões e 265,9 milhões de toneladas métricas, já que o novo cultivo de milho, soja e outras plantações libera carbono do solo, de acordo com a análise interna da proposta da EPA, divulgada pela Reuters.

Esse é o equivalente climático de dirigir entre 17,5 milhões e 57 milhões de veículos por um ano, de acordo com a calculadora de equivalência de gases de efeito estufa da EPA. A análise da EPA, no entanto, projeta que essas emissões serão mais do que compensadas a longo prazo devido à redução das emissões de escapamento e outros fatores – assumindo que os mandatos de volume de biocombustíveis não mudem depois de 2025.

Ao longo de 30 anos, a proposta levaria a uma redução líquida das emissões de gases de efeito estufa entre 128 milhões e 1,16 bilhão de toneladas métricas, afirmou, o que equivale a tirar entre 28 milhões e 250 milhões de carros das ruas em um ano. “No geral, com base na ampla gama de estimativas de GEE do ciclo de vida na literatura científica, estima-se que os volumes propostos de combustível renovável reduzam as emissões de GEE”, disse a EPA em comunicado.

Valerie Thomas, professora de engenharia de sistemas no Instituto de Tecnologia da Geórgia e presidente do comitê da Academia Nacional de Ciências, Engenharia e Medicina sobre análises de ciclo de vida para combustíveis de transporte com baixo teor de carbono, disse à Reuters que o aumento inicial projetado das emissões é preocupante. “Para impulsionar a mudança climática de curto prazo, são as emissões de curto prazo que importam”, disse ela.

Informações da Reuters/Tradução RPAnews

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