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Boing vai aumentar investimentos em combustível de aviação sustentável (SAF)

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A Boeing anunciou que vai mais que dobrar suas compras de combustível de aviação sustentável (SAF) este ano para 21,2 milhões de litros. O objetivo é apoiar as operações comerciais nos Estados Unidos.

Conforme comunicado feito pela  fabricante de aviões nesta quarta-feira, 15, o combustível será fornecido pela Neste, maior produtora mundial de SAF. “Esta aquisição de SAF representa 25% das necessidades totais de combustível de aviação da Boeing no ano passado”, afirmou a vice-presidente de sustentabilidade ambiental da empresa, Sheila Remes em nota.

O setor de aviação tem enfrentado pressão de grupos ambientalistas para reduzir suas emissões. Somente nos EUA, a aviação comercial consome aproximadamente 10% de toda a energia de transporte e contribui com 2% das emissões de dióxido de carbono (CO2) nacionais.

A estimativa é de que, sem a transição energética no setor, a aviação civil pode responder por 22% das emissões globais em 2050. Quanto à produção de SAF, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês) projeta 30 bilhões de litros para 2023 e cerca de 450 bilhões de litros em 2050.

GranBio e Raízen investem serão fornecedoras de SAF

A  GranBio receberá um subsídio de US$ 80 milhões do governo dos Estados Unidos para acelerar a produção de SAF. O valor será destinado à instalação de uma planta com capacidade produtiva de 1,5 milhão de galões de SAF ao ano. A unidade de escala de demonstração será alimentada com chips de madeira e resíduos de cana-de-açúcar e terá investimento total de cerca de US$ 220 milhões, além dos recursos de capital próprio e de outros interessados no projeto.

A companhia foi selecionada para desenvolver a tecnologia de biorrefinaria AVAP na fabricação do biocombustível. Segundo a GranBio, a técnica adotada produz açúcares lignocelulósicos puros, de alto rendimento e baixo custo, provenientes de biomassa, para a conversão em produtos bioquímicos e biocombustíveis. A empresa possui mais de 300 patentes globais registradas.

Além de um centro de pesquisa aplicada nos Estados Unidos, a GranBio possui três plantas-piloto e, agora, uma unidade em escala de demonstração. O combustível sustentável de aviação é produzido a partir de resíduos, óleos vegetais e biomassa, entre outras fontes não-fósseis, e está no topo da lista de ações para descarbonizar o setor. Quando comparado com o querosene de petróleo, o SAF reduz as emissões de CO2 em até 85%.

Em julho de 2022, a Embraer e a Raízen assinaram uma carta de intenções com o compromisso das companhias de estimularem o desenvolvimento do ecossistema de produção de SAF. Entre as metas estabelecidas, está tornar a Embraer a primeira fabricante de aeronaves a consumir SAF que poderá ser distribuído pela Raízen, referência global em bioenergia.

O uso da tecnologia é parte da estratégia da Embraer de neutralizar a pegada de carbono de suas operações até 2040, uma vez que mais de 60% das emissões nas operações da empresa decorrem do uso de querosene de aviação em ensaios e voos de produção. A expectativa é que a Raízen contribua para que a Embraer atinja a meta de ter misturas de SAF representando 100% do seu consumo de combustível no Brasil até 2030.

Natália Cherubin com informações da Reuters

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