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BP Bunge espera comercializar Cbios ainda em 2020
Natália Cherubin
Com suas 11 unidades agora certificadas para o RenovaBio, a BP Bunge espera comercializar os Cbios ainda este ano. Para emitir e vender os primeiros certificados em 2020, a companhia está na fase final do processo de escrituração para oferecer Cbios ao mercado.
Segundo Ricardo Carvalho, diretor Comercial BP Bunge Bioenergia, mesmo que algumas definições externas ainda estejam em andamento, como a meta das distribuidoras de combustíveis em relação à quantidade de certificados que precisam adquirir, a companhia está confiante em relação ao Programa.
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“O RenovaBio é um programa moderno, que leva o incentivo à sustentabilidade para a matriz energética do Brasil e, dessa maneira, coloca todo setor sucroenergético como protagonista no esforço de atingir as metas assumidas pelo Brasil no acordo do clima de Paris. É um programa meritocrático, pois ele beneficia empresas e produtores que utilizam fontes de energia com menor teor de emissão de carbono na atmosfera”, salienta Carvalho.
Ainda de acordo com ele, o programa também representa maior previsibilidade e uma oportunidade adicional de geração de caixa para o setor.
“Entendemos que o RenovaBio coloca as necessidades econômicas e o desenvolvimento sustentável em rota convergente de crescimento do país. Por isso trabalhamos pela certificação em todas as nossas 11 unidades para a emissão de Cbios”, disse.
Comercialização de Cbios é marco significativo
Durante a Pandemia do Coronavírus e dos cenários montados para o mercado de combustíveis, muitos especialistas e grupos sucroenergéticos chegaram a afirmar que este ano ainda não seria um grande ano do programa e sim um começo.
Para Carvalho haverá uma fase de maturação do programa. “Para além da visão de receita, o início da negociação das CBios é um marco bastante significativo para o setor, associado à definição das metas para que o programa seja implementado e consiga atingir todo o seu potencial.”
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Por se tratar de um programa de longo prazo e com uma visão ambiciosa, a BP Bunge entende que todo o mercado deverá passar por uma curva de aprendizado para compreender e aprimorar os mecanismos de comercialização de Cbios.
“Experiências internacionais como o Renewable Identification Number ou RIN, programa similar ao RenovaBio nos Estados Unidos, mostram que o setor energético impactado por políticas de incentivo à redução de carbono se adapta às novas regras de mercado e tende a se beneficiar com novas oportunidades de geração de receita”, analisa o diretor Comercial BP Bunge Bioenergia
Hoje as 11 unidades do grupo – resultado da joint venture entre BP e da Bunge realizada em 2019 – tem a capacidade para moer 32 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano e produzir 1,5 bilhão de l de etanol, 1,1 milhão de t de açúcar e exportar 1.200 GWh de energia para a rede elétrica brasileira.
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