A Cerradinho Bioenergia informou que o Conselho de Administração aprovou a expansão da unidade industrial da Neomille, em Chapadão do Céu (GO). O investimento será de R$ 140 milhões, com previsão de ampliar em cerca de 30% a capacidade de produção, alcançando 1,2 milhão de toneladas de milho processadas por ano. O start-up da nova fase está programado para agosto de 2026.
Segundo o CEO da companhia, Renato Pretti, o projeto se destaca pela competitividade. “É um projeto bem competitivo, principalmente pelo investimento relativo ser significativamente menor do que outros projetos do mesmo segmento; pela nossa capacidade de executarmos essa obra rapidamente, com previsão de start up para agosto de 2026; e, ainda, por todas as sinergias que temos com os ativos atuais, competências de operação desta planta e atuação na região”, afirmou.
Os números mais recentes do 1º trimestre da safra 2025/26 confirmam o bom momento do negócio milho da CerradinhoBio. A produção de etanol somou 169 mil m³ (109 mil m³ de hidratado e 59 mil m³ de anidro). Convertendo o anidro para equivalente hidratado, o total chegou a 171,6 mil m³, crescimento de 4,6% frente à safra anterior. O aumento reflete a evolução de 4,3% no volume de milho moído e o melhor rendimento na conversão, que chegou a 452,1 litros por tonelada (+0,8%).
O desempenho também foi positivo nos coprodutos. A produção de DDGs (farelo de milho) alcançou 96 mil toneladas, 5,5% a mais que no ano anterior. Já o óleo de milho apresentou salto de 39,2%, totalizando 7,5 mil toneladas – resultado de novas tecnologias e ganhos operacionais na extração.
Na frente financeira, a venda de etanol de milho avançou 54,8% no período, sustentada pelo melhor preço do produto e pela maior participação do etanol anidro, que possui valor superior ao hidratado. As vendas de DDGs somaram 96 mil toneladas, alta de 5,8% e receita líquida de R$ 101 milhões (+41,6%). O chamado net corn cost, que mede a cobertura do custo do milho com a receita dos coprodutos, passou de 31,2% para 41,2% no comparativo anual.
O resultado operacional refletiu essa combinação: o EBIT Ajustado do negócio milho atingiu R$ 181,3 milhões, com margem de 31% – avanço de 238,9% frente ao 1T24/25. Já o EBITDA ajustado foi de R$ 202,4 milhões, crescimento de 196,2%.
No consolidado, a receita líquida da companhia cresceu 52,0% no trimestre. A entrada em operação da fábrica de açúcar contribuiu com R$ 222,8 milhões, enquanto a receita com etanol de milho aumentou em R$ 170,1 milhões. As linhas de DDG, óleo e energia também tiveram desempenho expressivo, com avanço conjunto de 50,4%.
Natália Cherubin para RPAnews