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Chuvas devem se estabelecer na segunda quinzena de outubro

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A previsão climática para setembro indica um mês de precipitações escassas nas regiões Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, enquanto a Região Sul deve registrar os maiores volumes de chuva. Sem a influência de fenômenos como El Niño ou La Niña, o clima será marcado por uma fase de neutralidade, especialmente no Brasil Central. Os dados foram divulgados no último relatório do Itaú BBA.

A previsão para setembro indica que o clima deverá continuar quente e seco. No Cerrado e no Pantanal, o número de focos de incêndio aumentou em agosto, que geralmente é o segundo mês com maior média de queimadas no ano. Setembro, por sua vez, tende a registrar a maior média de focos de calor, tendência que já se confirmou nos primeiros dias do mês.

“Entre os dias 8 e 14 de setembro, uma nova onda de calor se instalou sobre o Brasil, afetando áreas que vão do norte do Paraná ao Sudeste e Centro-Oeste, com temperaturas chegando a 5°C acima da média, conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Com a combinação de calor intenso e baixa umidade, o risco de incêndios florestais aumentou, elevando ainda mais o número de focos de incêndio em todo o território nacional”, afirmaram os analistas do Itaú BBA.

O país permaneceu sem precipitações significativas até a última quarta-feira (11). No entanto, na quinta-feira, as chuvas começaram a se intensificar na Região Sul, atingindo também partes do Sudeste, com acumulados variando entre 20 e 50 mm no Rio Grande do Sul.

A previsão meteorológica para setembro indica um mês predominantemente seco no Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, com clima muito seco no Brasil Central. Em contrapartida, a Região Sul deve registrar os maiores volumes de chuva ao longo do mês. Os modelos meteorológicos europeu (ECMWF) e americano (GFS) sugerem que, em outubro, as chuvas devem retornar, apresentando um padrão mais bem distribuído e com volumes mais significativos.

Durante setembro, a ausência de fenômenos como El Niño ou La Niña no Oceano Pacífico resulta em um período de neutralidade climática. Especialistas esperam que, a partir da segunda quinzena do mês, o cenário de precipitação comece a mudar. As chuvas devem voltar a atingir áreas do Sudeste e do Centro-Oeste entre a terceira e a quarta semanas, embora de maneira irregular e mal distribuída.

“O modelo europeu de projeção (ECMWF), que tem apresentado até o momento maior precisão, sinaliza que, a partir do próximo dia 20, há boa possibilidade de que as frentes frias originadas do Sul comecem a ganhar mais amplitude, se estendendo para as demais regiões,
porém ainda de forma bastante irregular”, afirmaram os analistas em relatório.

Ainda segundo análise do Itaú BBA, as precipitações devem ocorrer de forma mais generalizada a partir da segunda metade do mês de outubro. Apesar do atraso nas chuvas, que deve resultar em atraso do plantio de verão, a expectativa é de que, uma vez que as precipitações se estabeleçam, devem ocorrer em bons volumes até pelo menos o mês de janeiro, o que sinaliza um padrão positivo para a safra.

No entanto, os modelos de projeção também confirmam a expectativa do estabelecimento de uma La Niña de fraca intensidade até novembro, com um desvio da temperatura do Pacífico próximo de -0,5°C, o que pode influenciar ainda mais o clima nos próximos meses.

Natália Cherubin para RPAnews

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