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Comercialização de etanol foi desafiadora para Raízen, diz Itaú BBA
Grandes grupos como São Martinho e Raízen, o maior grupo sucroenergético do país, apresentaram queda em seus lucros líquidos no terceiro trimestre da safra 2022/23. Em relatório divulgado aos clientes e ao mercado, o Itaú BBA reportou que o trimestre apresentou uma dinâmica de mercado desafiadora na comercialização de etanol, mas também contou com ganhos de produtividade nos cortes da cana-de-açúcar.
No caso da Raízen, por exemplo, de acordo com os analistas Daniel Sasson e Larissa Pérez para a Investing, a moagem de açúcar atingiu 73 milhões de toneladas, ficando 3,5% abaixo do guidance, principalmente relacionada a problemas climáticos.
Em relação às operações brasileiras, o Itaú BBA lembra que a Raízen adicionou 47 novos postos de combustível e 42 lojas de conveniência em relação ao segundo trimestre, ainda que tivesse sofrido com demanda volátil, a redução dos preços da gasolina e do diesel pela Petrobras e alta disponibilidade de combustível. Nas operações na América Latina, a paralisação de 50 dias no refino na Argentina resultou em piora do desempenho.
Os analistas afirmam ainda que a companhia indicou uma alta significativa em suas posições de hedge para o ano 2023/24, com preços em alta 20% ao ano.
A Raízen reiterou o guidance de EBITDA ajustado entre R$13 e R$14 bilhões para 2023, contra estimativa de R$13 bilhões do Itaú BBA. “Apesar de acreditarmos que existe o risco de o guidance não ser atendido, reconhecemos que a empresa poderia se beneficiar das vendas de estoques de etanol e açúcar a preços mais altos no 4T23”, afirmam os analistas.
Segundo o banco, a alavancagem medida pela dívida líquida/EBITDA ajustado da Raízen ficou em 2,5x no terceiro trimestre, contra 2,3x no segundo trimestre. Enquanto isso, a dívida bruta aumentou 3% no trimestre, na mesma comparação.
O Itaú BBA possui recomendação Outperform para as ações da Raízen, com preço-alvo de R$7.