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Compras de CBios por distribuidoras caem 27% em novembro após recorde em outubro
As compras de Créditos de Descarbonização (CBios) por distribuidoras no Brasil em novembro caíram 27% ante outubro, quando haviam registrado um recorde mensal, enquanto as companhias buscam garantir o cumprimento das metas individuais definidas pela reguladora ANP para o ciclo 2024, segundo dados publicados nesta quarta-feira, 4, pela consultoria StoneX.
Os CBios, que compõem o programa federal RenovaBio, são títulos emitidos por produtores de biocombustíveis e comprados por distribuidoras de combustíveis, em medida que visa compensar combustíveis fósseis comercializados.
No total, as distribuidoras compraram 3,33 milhões de CBios no último mês, contra um pico de 4,55 milhões em outubro e 4,15 milhões em novembro do ano passado.
“Dado os resultados dos últimos meses, é possível interpretar essa queda em novembro como reflexo da menor necessidade de alguns agentes em adquirir CBios após o forte período de compra, especialmente entre setembro e outubro”, afirmou a StoneX em relatório.
“Entende-se que uma parcela das distribuidoras já se ocupa com o processo de aposentadorias desses títulos – dado que o prazo de comprovação das metas individuais se encerrará em dezembro”, apontou o documento.
No acumulado entre abril e novembro, a StoneX estima que a parte obrigada adquiriu 26,6 milhões de CBios, disse a StoneX.
Com o menor volume de vendas em novembro, os preços dos títulos recuaram levemente para 82,4 reais por CBio, mas permanecem acima de 80 reais por CBio, pontuou a consultoria, citando dados da bolsa paulista B3.
“Em geral, um impeditivo para o recuo dos preços pode ser uma estabilidade ou até mesmo desaceleração do volume emitido de CBios, especialmente pelas usinas de etanol de cana”, disse.
Para dezembro, a StoneX indicou que o volume seguirá abaixo do recorde, mas ainda em níveis historicamente elevados.
A consultoria afirmou ainda que considerando o volume de estoques ativos da parte obrigada e o número de aposentadorias acumuladas ao longo dos últimos oito meses, estima-se que a parte obrigada detém 36 milhões de créditos, o que representa quase 78% da meta global para 2024.