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Edição 193

Dropes

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ENERGIA DA MAIOR TERMOELÉTRICA  SUCROENERGÉTICA DO BRASIL PODE ATENDER MAIS DE 440 MIL RESIDÊNCIAS

Com capacidade para exportar anualmente 850 GWh, a usina CerradinhoBio, pertencente ao Grupo Cerradinho, que investiu 250 milhões na aquisição de mais uma caldeira e dois turbogeradores com 45 MW de potência cada um, vai produzir ainda mais energia elétrica do bagaço e da palha da cana. O volume de 850 GWh equivale ao atendimento de 443 mil residências durante um ano inteiro ou 1/3 de tudo o que foi entregue pela fonte biomassa à rede de Goiás em 2016.

“No momento em que se comenta a possibilidade de retorno da bandeira vermelha nas contas de energia para o próximo mês, já no patamar limite, com um adicional de R$ 3,50 por cada 100 kWh, termos um investimento deste porte em bioenergia mostra quão estratégica é a biomassa da cana para a sustentabilidade da matriz elétrica brasileira”, comenta o gerente em Bioeletricidade da Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar), Zilmar de Souza.

Segundo o executivo, outro ponto importante está relacionado à sustentabilidade ambiental da bioeletricidade sucroenergética a ser gerada pela usina CerradinhoBio. Graças ao empreendimento, será possível reduzir a emissão de 332 mil t de CO2, um dos principais vilões do aquecimento global. “Para conseguirmos a mesma economia de CO2, seria preciso plantar e manter 2,3 milhões de árvores nativas ao longo de 20 anos”, avalia Souza.

CRESCE O NÚMERO DE FALÊNCIAS ENTRE USINAS SUCROALCOOLEIRAS

Após quase uma década de crise, cresce o número de usinas no país que não consegue cumprir compromissos com credores e que, por consequência, deve engrossar as listas das que buscam proteção judicial ou das que estão tendo a falência decretada. A deterioração financeira dessas usinas se dá em meio à queda dos preços de açúcar e etanol no primeiro trimestre da safra 2017/18.

Segundo levantamento da RPA Consultoria, há 52 unidades em recuperação judicial e 27 em falência, dentro de um universo de 444 plantas no Brasil. Em 2016, a lista de usinas em recuperação tinha 16 unidades a mais, porém 13 delas tiveram a falência decretada pela Justiça e três foram vendidas. O estudo avalia a situação de cada unidade industrial e não das empresas.

Entre as que tiveram a falência decretada este ano estão as quatro da Infinity Bio-Energy, a Usina São Fernando, de José Carlos Bumlai, implicado na Lava-Jato, e duas do grupo Camaq. Nesses casos, as usinas já estavam paradas e os processos se estendiam há mais tempo. A falência da Infinity foi recentemente suspensa em liminar de segunda instância e ainda aguarda julgamento. A situação do setor, porém, deve piorar. Para Ricardo de Arruda Pinto, sócio-diretor da RPA Consultoria, ao menos 25 unidades estão prestes a pedir recuperação judicial e uma já nessa situação deve ter a falência decretada.

Preço baixo do açúcar preocupa usina em PE que prioriza etanol

Os preços baixos do açúcar no mercado interno e mundial já afetam o planejamento e o mix produtivo das usinas pernambucanas nesta safra. Elas devem priorizar a fabricação de etanol, que está com preços iguais aos da última safra (R$ 1,75 por l). Já o saco de 50 kg de açúcar caiu para R$ 68, ante os R$ 105 na safra 2016. A unidade Coaf/Crunagi, em Timbaúba, que, por exemplo, foi um dos primeiros parques fabris no Estado a começar a moagem este ano, tem segurado o início da produção da commodity. O cenário tem atrasado fortemente o planejamento inicial da usina que investiu mais na unidade este ano para lançar no mercado o açúcar com a marca Águazul.

Com 25% da cana prevista para esta safra já esmagada, os números da produção na Coaf mostraram uma priorização para a fabricação do etanol. Alexandre Andrade Lima, presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de PE (AFCP), reclamou do baixo preço pago pela matéria-prima das usinas. O preço da cana-de-açúcar caiu bastante em comparação à safra passada. Desceu de R$ 104 para os atuais R$ 82 por t. “A situação está muito complicada, mesmo com todo o nosso esforço para manter os empregos na Zona da Mata, através do funcionamento da usina em Timbaúba, gerida por nossa cooperativa (Coaf)”, desabafou.

NOVA USINA EXCLUSIVA PARA  ETANOL DE SOJA VAI ABRIR 260 VAGAS

Seguindo a tendência de ampliação da matriz enérgica brasileira, especialmente com combustíveis renováveis, a Caramuru – uma das principais processadoras brasileiras de grãos – vai investir R$ 115 milhões na ampliação de seu complexo industrial em Sorriso, MT, para trabalhar com a tecnologia do etanol de soja.

Segundo a empresa, a usina tem potencial para gerar 60 empregos diretos e mais 200 indiretos na região. Além do etanol hidratado a partir de soja, o empreendimento – que deve estar pronto em até dois anos – também irá atuar com o processamento de lecitina.

A iniciativa com o biocombustível é pioneira na indústria mundial. As experiências atuais são a partir de cana-de-açúcar, milho ou beterraba. A unidade terá capacidade anual de 6,8 milhões de l de etanol hidratado e 3 mil t de lecitina.

“Esse projeto é mais uma iniciativa que a Caramuru empreende para agregar valor à sua produção. Paralelamente, o investimento abre novas oportunidades de negócios para o produtor do Mato Grosso”, afirma o vice-presidente da empresa, César Borges de Sousa. O etanol hidratado, além de ser usado como combustível para veículos, na sua forma pura, é também matéria-prima industrial, utilizada na fabricação de perfumes, materiais de limpeza, solventes e tintas.

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