Edição 202

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MT PROCESSA 12 EMPRESAS DO SETOR POR CORRUPÇÃO

A CGE-MT (Controladoria Geral do Estado de Mato Grosso) e a Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda) instauraram processo administrativo, com base na Lei Anticorrupção (Lei Federal n° 12.846/2013), para apurar a responsabilidade de 12 empresas do setor sucroenergético no suposto pagamento de R$ 19,1 milhões de propina a agentes públicos estaduais e a terceiros, durante os anos de 2010 a 2015. A lista de companhias processadas inclui a Brenco, parte da Atvos (ex-Odebrecht Agroindustrial), e até mesmo o Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras de Mato Grosso (Sindálcool-MT) e a Cooperativa Agrícola de Produtores de Cana de Campo Novo dos Parecis. A relação ainda inclui: Agropecuária Novo Milênio, Destilaria Buriti, Destilaria de Álcool Libra, Usimat, Usina Barralcool, Usina Jaciara, Usina Pantanal, Usina Porto Seguro e Usinas Itamarati.

Segundo o órgão, as empresas tinham como objetivo obter benefícios ilegais de redução da carga tributária do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) no âmbito de Mato Grosso. A instauração do processo foi possível após a delação premiada do ex-governador Silval Barbosa.

Se forem condenadas, as usinas poderão ter que pagar multa equivalente a até 20% do faturamento bruto no exercício anterior ao da instauração do processo, além de reparação integral dos danos causados à administração pública. Outras sanções administrativas são: restrição ao direito de participar de licitações e de celebrar contratos com a administração pública, bem como publicação de eventual condenação na sede e no site das próprias empresas e em jornal de grande circulação local e nacional.

BIOSEV TEM PREJUÍZO TRIMESTRAL DE R$ 506 MILHÕES

A Biosev registrou prejuízo líquido de R$ 506 milhões no seu primeiro trimestre da safra 2018/19 (abril, maio e junho), ante prejuízo de R$ 577 milhões no mesmo período da temporada passada.

O resultado financeiro líquido no período foi negativo em R$ 538 milhões, o que se compara com uma despesa de R$ 474 milhões no mesmo período da temporada passada. Mesmo com o prejuízo, a companhia conseguiu uma leve alta em sua Margem Ebitda ajustada, que mede seu desempenho operacional. O indicador passou de 22,9% para 23,7% na comparação anual. Ainda assim, o Ebitda ajustado total diminuiu 13%, indo de R$ 282 milhões no primeiro semestre da safra passada para R$ 245 milhões. O indicador considera os efeitos de revenda e HACC (impactos contábeis não-caixa do hedge accounting da dívida em moeda estrangeira).

NE: MAIS EMPREGOS NA SAFRA DE CANA ESTE ANO

A safra da cana-de-açúcar em Pernambuco, iniciada no meio de agosto, vai gerar entre 60 mil e 70 mil empregos durante o ciclo, que segue até fevereiro de 2019. A expectativa é de que haja um aumento de até 5 mil postos de trabalho em relação à safra passada, segundo estimativas do Sindaçúcar (Sindicato do Açúcar e do Álcool de Pernambuco). O incremento no número de trabalhadores está alinhado a uma perspectiva de crescimento de 12% na moagem da cana durante o período.

O presidente do Sindaçúcar-PE, Renato Cunha destaca que, dependendo das condições climáticas e mercadológicas, boa parte desses empregos pode ser mantida na entressafra. No caso do aumento na produção, ele destaca que devem ser moídas 12 milhões de t de cana na safra 2018/2019, ante as 10,9 milhões da safra 2017/18.

CADE É FAVORÁVEL À VENDA DIRETA DE ETANOL PARA OS POSTOS

Em evento promovido pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), órgão ligado ao Ministério da Justiça, reafirmou ser favorável à possibilidade das usinas sucroenergéticas poderem vender etanol diretamente para os postos de combustíveis, dispensando as distribuidoras. Por se tratar de um tema polêmico, o superintendente de Defesa da Concorrência da ANP, Bruno Conde Caselli, defendeu que ninguém fizesse registros das discussões.

O economista-chefe do Cade, Guilherme Resende, discordou. Disse que sua intervenção poderia ser filmada ou fotografada à vontade, diferente da orientação da ANP. Estiveram presentes na discussão, além do Cade e ANP, representantes de distribuidoras, indústrias de etanol e da EPE (Empresa de Pesquisa Energética).

SETOR REDUZ DÍVIDAS, MAS CENÁRIO É NEGATIVO

As companhias produtoras de açúcar e etanol do Brasil reduziram os níveis de endividamento em R$ 3 reais por t na última safra, disse o diretor de agronegócios do banco de investimento Itaú BBA, Pedro Fernandes. No entanto, as empresas do setor provavelmente reduzirão os investimentos porque as perspectivas para a próxima safra de cana são negativas, devido à seca e outros fatores. “Ao contrário do restante do setor agrícola, vemos a nossa carteira de crédito para as empresas do setor de açúcar e etanol estável ao longo do tempo”, disse Fernandes.

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