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“É fundamental descarbonizar, promover renováveis, salvar o planeta”, diz Alckmin

Brasília (DF), 11/12/2024 - O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, durante a posse do novo presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Vice-presidente participou de evento em Alagoas que inaugurou complexo de refino de combustíveis sustentáveis, com investimentos de R$ 1,5 bilhão nos próximos quatro anos

“O mundo é lindo, mas não é infindo. Temos que cuidar para não ver acabar”. Foi com essa frase do compositor alagoano Djavan que o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, iniciou seu discurso durante evento de inauguração do complexo de biorrefinarias integradas de biocombustíveis sustentáveis da Exygen.

O evento aconteceu nesta segunda-feira, 27, em São Miguel dos Campos (AL). A Exygen vai produzir biocombustíveis de baixo carbono, entre eles etanol de segunda geração, a partir de resíduos da produção de açúcar.

“É fundamental, é para ontem, a gente descarbonizar, promover a energia renovável, salvar o planeta. Não apenas para nós de maneira egoísta, mas para nossos filhos, netos e netos dos nossos netos. Nós temos que ter compromisso com as gerações futuras”, afirmou. “E a gente fica feliz de ver aqui uma energia limpa, de carbono neutro, ser produzida em São Miguel dos Campos. E promovendo emprego, renda, melhorando a vida da população”, acrescentou.

No complexo estão previstos investimentos de R$ 1,5 bilhão, nos próximos quatro anos, para transformar a unidade, que já funciona em Alagoas, em biorrefinaria de baixo carbono. A expectativa é que a operação completa da Exygen gere 510 empregos diretos e mais de 1,2 mil postos de trabalho durante as obras das fases subsequentes.

No evento, com autoridades locais e funcionários da empresa, também foi lançada a pedra fundamental do projeto de biogás em Alagoas, para produção de biometano, e-Metano e CO2 biogênico, matérias-primas usadas na produção industrial de diversos produtos. O projeto é resultado da união de GranBio, Usina Caeté, Impacto Bioenergia e Usina Santo Antônio.

“Esse investimento se conecta ao que há de mais moderno na geração de energia no mundo, que é gerar energia emitindo baixo carbono ou zero carbono, ou até carbono negativo”, acrescentou o ministro dos Transportes, Renan Filho, enfatizando que a pasta também tem iniciativas com o mesmo objetivo.

Ele seguiu: “Nós também temos iniciativas na mesma direção, na direção da descarbonização. Nós constituímos agora os corredores azuis para levar abastecimento a gás natural líquido para caminhões de carga, o que permite a redução de até 30% da emissão de carbono, e temos diversas outras iniciativas nessa direção que se conectam bastante com esse projeto”.

O governador de Alagoas, Paulo Dantas, reforçou que o estado está trabalhando para construir uma transição energética limpa com incentivos fiscais. “A matriz energética de Alagoas é composta por 82% de fontes renováveis, quase o dobro da média nacional, de acordo com o balanço energético de Alagoas. Esse desempenho reforça a nossa posição de destaque como um dos líderes nacionais na promoção da descarbonização responsável aliado ao desenvolvimento sustentável”, afirmou.

Na cerimônia de inauguração, o CEO da Granbio, Bernardo Gradin, ressaltou o bom ambiente de negócios promovido no país. “É um projeto de coragem empresarial e de compromisso de cidadania com a mudança climática. Não seria possível que o investimento acontecesse se o arcabouço legal e a segurança jurídica e a confiança nos governantes e no Estado não estivessem presentes”, afirmou.

Gradin ainda lembrou de leis sancionadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a promoção da descarbonização. “(Podemos produzir) o metano neutro em carbono aqui e vender para qualquer cliente no Brasil graças ao arcabouço legal criado com a lei dos combustíveis do futuro e do arcabouço do biometano. Quando a lei certa e séria aparece e a segurança jurídica é estabelecida, o investimento aparece”, acrescentou.

Entre as leis está a do Combustível do Futuro (Lei nº 14.993/2024), que prevê entre outros o aumento da mistura do biodiesel ao óleo diesel e de etanol na gasolina, e a lei do Hidrogênio verde (Lei 14.948/2024), que estabelece o marco legal para a produção de hidrogênio de baixa emissão de carbono no Brasil.

Exygen

O complexo prevê a produção anual de 160 milhões de litros etanol neutro em carbono a partir de 2026, que utilizará resíduos do açúcar como matéria-prima e de 50 milhões de metros cúbicos de biometano por meio da vinhaça (resíduo líquido resultante da destilação do caldo da cana-de-açúcar).

A planta tem capacidade instalada para produção de 600 mil litros de etanol de baixo carbono por dia e pretende garantir a produção contínua de etanol nos 12 meses do ano a partir de 2026, quando viabilizará também a produção e distribuição contínuas de biogás.

A próxima etapa do projeto inclui, segundo a empresa, a produção de biogás e CO2 biogênico – dióxido de carbono originado da decomposição de matéria orgânica –, a produção de biofertilizantes e com uma expansão futura para a produção de e-Metanol, um combustível sintético de última geração que atenderá a setores de difícil eletrificação, como o transporte marítimo.

O evento de lançamento da Exygen contou com a presença do prefeito de São Miguel dos Campos (AL), George Clemente, além do ministro dos Transportes, Renan Filho; do governador de Alagoas, Paulo Dantas; e de empresários e autoridades locais.

Agência Gov

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