Um estudo alegando que o etanol à base de milho causa mais danos ao meio ambiente do que a gasolina comum está sendo ferozmente desacreditado por especialistas do setor nos Estados Unidos, de acordo com o portal Agriculture.
O estudo divulgado pela Proceedings of the National Academy of the Sciences e financiado em parte pela National Wildlife Federation e pelo Departamento de Energia dos EUA (USDA), descobriu que o etanol à base de milho é 24% mais intensivo em carbono do que a gasolina devido às emissões resultantes de como os agricultores cultivam milho e como as usinas de etanol produzem este biocombustível.
O diretor executivo da Associação de Combustíveis Renováveis de Iowa, Monte Shaw, afirmou que este estudo não devia ser considerado. “Obrigado pela oportunidade (de responder), mas não estou interessado em gastar tempo com coisas bobas como essa”, disse Shaw à Success Farming por e-mail. “O histórico de estudos financiados pela National Wildlife Federation sobre etanol e o Renewable Fuel Standard (RFS) é de 100% de fracasso. Eles nunca aguentam nem mesmo uma revisão superficial”, afirmou Shaw ao portal.
Em 2021, o USDA divulgou um estudo que descobriu que as emissões de gases de efeito estufa (GEE) do etanol de milho são cerca de 39% menores do que a gasolina em termos de energia equivalente.
O estudo, intitulado “Os benefícios de gases de efeito estufa do etanol de milho – avaliando evidências recentes”, também descobriu que quando o etanol é produzido em refinarias movidas a gás natural, as emissões de GEE são ainda menores – cerca de 43% abaixo da gasolina.
Cadastre-se e receba nossa newsletter