Etanol
Etanol: alta dos preços da gasolina é positiva para aumento da demanda do biocombustível
O mês de fevereiro, de acordo com dados do CEPEA, apresentou quedas relevantes nos preços do hidratado comparado com o mês de janeiro, tal fato pode ser explicado por negociações pontuais ao longo do mês e a demanda ainda fraca para o biocombustível.
Entretanto, em Paulínia o preço do hidratado voltou a reagir na segunda semana de março (10/3) com a volta das distribuidoras ao mercado para reposição de estoque após o feriado de carnaval. Com as negociações aquecidas, os preços realizaram alta de 14,3% comparado o dia 10/3 com 10/2,fechando em R$3,36/l sem impostos.
Segundo dados divulgados pela ANP durante fevereiro, referente a janeiro/22, as vendas de etanol caíram 41,1% comparadas com janeiro/21, enquanto a gasolina C aumentou em 2,6%. Com isso, a demanda Ciclo Otto em janeiro caiu em 9,3% comparada (concorda com
“demanda”) com o mesmo período de 2021. E válido lembrar que neste período as paridades nas bombas estavam favoráveis para o fóssil.
Com a forte elevação dos preços do petróleo dado o conflito entre Rússia e Ucrânia, os preços da gasolina no mercado interno ficaram defasados desde o início do conflito.
No dia 10/3 a Petrobras anunciou aumento do preço da gasolina A nas refinarias em R$0,61/l, saindo de um preço médio de R$3,25/l para R$3,86/l. Mesmo com esse aumento ainda há espaço para reajustes positivos considerando a forte alta do brent.
A alta de preços da gasolina é positiva para o retorno da demanda do hidratado considerando que até a segunda semana de março, sem considerar o reajuste no preço da gasolina, três estados já apresentaram paridade abaixo dos 70%, sendo São Paulo, Minas
Gerais e Goiás.