Os preços do açúcar fecharam em alta na quarta-feira, já que a fraqueza do dólar estimulou algum movimento de short-covering nos futuros da commodity
Os preços do açúcar recuaram ao longo da última semana, atingindo mínimas de três semanas na terça-feira devido ao aumento da produção na Índia e no Brasil. Já o açúcar branco subiu 1,7%, a US$ 426,10 por tonelada.
O contrato de produto bruto com vencimento em março de 2026 fechou em 14,91 centavos de dólar por libra-peso, representando um aumento foi de 0,24 centavo de dólar, ou 1,6%. A recuperação ocorreu após o valor ter atingido uma mínima de quase quatro semanas.
Na segunda-feira, a Associação Indiana das Usinas de Açúcar (ISMA) relatou que a produção indiana de açúcar entre outubro e novembro saltou 43% na comparação anual, para 4,11 milhões de toneladas. A ISMA também informou que 428 usinas estavam moendo cana em 30 de novembro, acima das 376 de um ano antes.
A perspectiva de uma produção recorde no Brasil também é baixista para os preços. A Conab, agência brasileira de previsão de safras, elevou em 4 de novembro sua projeção para a produção de açúcar 2025/26 para 45 milhões de toneladas, ante estimativa anterior de 44,5 milhões. Na segunda-feira, a Unica relatou que a produção de açúcar do Centro-Sul na primeira metade de novembro subiu 8,7% na comparação anual, para 983 mil toneladas. No acumulado da safra 2025/26 até meados de novembro, a produção do Centro-Sul cresceu 2,1% para 39,179 milhões de toneladas.
Pelo lado baixista, a Organização Internacional do Açúcar (ISO) projetou, em 17 de novembro, um superávit global de 1,625 milhão de toneladas em 2025/26, após um déficit de 2,916 milhões de toneladas em 2024/25. A ISO afirmou que o superávit é impulsionado pelo aumento da produção na Índia, Tailândia e Paquistão. Em agosto, a entidade havia previsto um déficit de 231 mil toneladas para o ciclo 2025/26. A ISO projeta ainda uma alta de 3,2% na produção global, para 181,8 milhões de toneladas.
Com informações da Barchart

