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Grupo São Martinho está “animado” com sua próxima safra de cana, diz CFO

Carregando a maioria de seu etanol para a estocagem, a São Martinho acredita que a retomada da demanda pelo biocombustível aconteça entre o terceiro e quatro trimestre deste ano, no entanto, diante do cenário atual, decidiu postergar investimentos que estavam planejados.
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O grupo São Martinho, um dos maiores na produção de açúcar e etanol do Brasil, indicou nesta segunda-feira, 10, que está otimista com a sua próxima safra de cana-de-açúcar (2025/26), a partir de abril, posicionando-se para levar a operação a um número próximo da capacidade total de moagem.

Em teleconferência para comentar os últimos resultados trimestrais, o diretor financeiro e de relações com investidores da São Martinho, Felipe Vicchiato, disse que ainda não poderia divulgar uma meta de produção para 2025/26. Mas ele ponderou que o canavial da companhia vem sendo beneficiado pelo clima, assim como por ajustes da empresa nas operações.

“Felizmente, fizemos ajustes para estar com o canavial 100% pronto para a próxima safra, estamos animados”, declarou ele, acrescentando que as áreas agrícolas vêm recebendo boas chuvas, com precipitações à noite e sol de dia, algo “bastante favorável para o crescimento da cana”.

Ele preferiu não dar guidance, acrescentando que o grupo ainda está construindo o orçamento. “Devemos ter isso no começo de abril. Mas ocorre que a gente vai (partir) de uma base baixa de moagem e de produção de açúcar, principalmente por conta dos incêndios”, afirmou.

A companhia processou em 2024/25 aproximadamente 21,8 milhões de toneladas de cana-de-açúcar até 31 de dezembro, uma queda de 5,5% em relação ao mesmo período da safra 2023/24, devido, principalmente, à menor disponibilidade de cana própria (-8,1%) decorrente das queimadas que atingiram os canaviais.

A menor moagem também está relacionada à ocorrência de chuvas entre os meses de outubro e dezembro de 2024, o que resultou na redução dos dias disponíveis para operação no campo e ao “contingente” de cana bisada para safra 2025/26.

Segundo o executivo, após realizar investimentos, a companhia está com “o canavial bem em ordem para estar próxima da capacidade total de moagem”. Em relação ao Centro-Sul como um todo, Vicchiato disse que ainda há praticamente dois meses de chuvas antes do início da próxima safra e que é difícil indicar um número.

Positivo para etanol

A companhia está ainda vendo “novidades positivas” para uma maior demanda pelo etanol, após uma alta no ICMS da gasolina, que aumentou a competitividade do biocombustível usado pelos carros flex, disse o executivo. Com om maior preço da gasolina, o executivo apontou que o trimestre atual tem um “cenário bem construtivo para o etanol de cana”.

Ele afirmou ainda que as perspectivas de implantação da monofasia do PIS/Cofins para o etanol, além de um aumento da mistura de 27% para 30% de anidro na gasolina este ano, dependendo da conclusão de testes, apontam para um cenário positivo para o biocombustível.

Vicchiato ressaltou também que a esperada mistura maior deverá gerar uma demanda adicional de até 1,5 bilhão de litros ao ano, que será atendida por um crescimento esperado na produção de etanol de milho.

O Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL) apontou nesta segunda-feira o preço médio da gasolina no país em R$6,47 por litro no início de fevereiro, 2,59% acima do verificado em igual período de janeiro e 9,83% superior na comparação interanual.

Com a recuperação esperada na safra de cana do Centro-Sul em 2025/26 e o açúcar ainda pagando um prêmio frente ao etanol, o executivo concordou com analistas de que a próxima safra será mais “açucareira”, ou seja, que as usinas ampliarão o percentual de cana para a fabricação do adoçante.

Com informações da Reuters 

 

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