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Indústrias veem como positivo o retorno da Petrobras ao setor de etanol

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Estatal volta a produzir o biocombustível depois de cinco anos foram do segmento

Representantes de indústrias de produção de etanol que participam do AgroForum Cuiabá, promovido pelo BTG Pactual, consideram positiva a volta da Petrobras como produtora de etanol.

“A entrada da Petrobras na produção de etanol é positiva, mas é preciso observar se ela vai atuar de igual para igual com outros competidores. Somente o interesse [da estatal] é muito positivo para corroborar com a visão de que biocombustível é algo que veio para ficar”, afirmou o presidente do conselho de administração e fundador da 3Tentos, Luiz Dumoncel.

O diretor presidente da Uisa, José Fernando Mazuca Filho, disse ver com bons olhos a entrada da Petrobras na produção, desde que a companhia mantenha o nível de governança atual.

Por sua vez, o presidente da Evermat, Tiago Stefanello, também disse ver com bons olhos. “Quem sabe assim a Petrobras vai sentir na pele o que o setor passa e vai ajudar a dar uma ajustada nos problemas”, afirmou o executivo.

Stefanello acrescentou como fator positivo para o setor a sinalização do governo brasileiro de que aumentará a mistura de etanol na gasolina de 27% para 30% ainda neste ano, contribuindo para ampliar a demanda por etanol.

O governo também sinalizou a possibilidade de ampliar a mistura para 35% no futuro. “A gente acredita que o mercado de etanol é muito promissor, senão não estava pondo dinheiro próprio nisso”, disse.

O executivo citou ainda como fator de otimismo para o setor a recente autorização da China para importação do DDG (grãos secos de destilaria, na sigla em inglês) produzido no Brasil. O DDG é um coproduto da produção de etanol de milho. Segundo a União das Indústrias de Etanol de Milho (Unem), a China tem potencial para consumir 7 milhões de toneladas de DDG do Brasil por ano.

Mazuca afirmou que o aumento da mistura de etanol na gasolina deve gerar um consumo adicional de etanol no país de 1,5 bilhão de litros. O executivo da Uisa defendeu a necessidade de dar mais segurança jurídica às empresas que investem na produção de combustíveis renováveis no país e lembrou que o desenvolvimento da produção de biogás e biometano tem ganhado espaço no país.

Dumoncel acrescentou que há ainda tendência de expansão do mercado de biodiesel no país. “Este mercado tem crescimento orgânico de 3% a 4% ao ano. A gente está muito confiante de que o ambiente de negócios no setor vai seguir melhorando, tornando mais favorável a consolidação do setor”, afirmou.

Um exemplo da confiança das indústrias no mercado brasileiro de biodiesel é o aumento crescente de operações de fusões e aquisições, segundo Dumoncel.

Globo Rural/ Cibelle Bouças

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