O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, criticou aqueles que, no debate sobre desmatamento, “querem brincar com o produtor rural brasileiro”.
“Não entenderam ainda que não precisamos desmatar nada, que a irregularidade é feita pela marginalidade e não pelos produtores rurais. Não entenderam ainda que o Brasil é provedor de segurança alimentar”, afirmou Martins.
Ele esteve presente no evento “Agropecuária brasileira na COP30”, realizado na sede da entidade na tarde desta quarta-feira, 24. Martins acrescentou ainda que “nunca saiu alguma coisa” que prove que o produtor rural esteja desmatando a mata.
No evento, Martins apresentou o posicionamento do setor agropecuário brasileiro para a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30).
O documento foi entregue para o enviado especial para a Agricultura e ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, para a presidente da Embrapa, Silvia Massruha, e ao presidente da comissão de agricultura e reforma agrária do Senado, senador Zequinha Marinho (Podemos-PA).
A CNA defende que os produtores rurais brasileiros sejam reconhecidos como agentes no fornecimento e na implementação de soluções climáticas para o alcance das metas brasileiras e potencialmente para as metas globais de redução de emissão de gases ligados ao efeito estufa.
No posicionamento, a CNA pede que as particularidades da agricultura tropical sejam consideradas e que ganhem escala como solução imediata aos desafios do clima.
A confederação pleiteia ainda que os meios para implementar medidas de mitigação e adaptação sejam suficientes para exercer o potencial do setor. Essas posições, recomenda a CNA, devem ser adotadas nas negociações.
Agência Estado| Isadora Duarte