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Jacarezinho espera moer 2,6 milhões t de cana em 2023/24

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A usina também anunciou que vai iniciar a produção de leveduras. A companhia projeta a produção de até 6 mil toneladas

A usina Jacarezinho, empresa do grupo Maringá, prevê a ampliação da moagem de cana-de-açúcar para 2,6 milhões de toneladas durante o novo ciclo produtivo e dá início a produção de levedura para nutrição animal. Os números estão acima do registrado no período 2022/23, quando a empresa processou 2,56 milhões de toneladas de cana.

Durante a safra 2022/23, a usina instalada na região norte do Paraná relata que chegou a bater a marca das 90 toneladas de cana-de-açúcar colhidas por hectare, número superior à média alcançada nas unidades produtivas da região Centro-Sul do Brasil. Para a safra iniciada em 3 de abril, a estimativa é ampliar o índice para 91 t/h.

“Nos últimos dois anos, temos investido no que chamamos de verticalização do canavial, ou seja, o aumento da produção sem acréscimos na área de colheita, que se mantém em cerca de 12 mil hectares de terras próprias e de parceiros e quase 18 mil hectares de produtores integrados”, informa o diretor de operações sucroenergético da usina Jacarezinho, Condurme Aizzo.

Leveduras

A Jacarezinho inicia, também, a produção de leveduras, um subproduto orgânico oriundo da fermentação do etanol, que pode ser usado na alimentação animal. Segundo a companhia, serão fabricados três tipos de leveduras: inativa, autolisada e parede celular. Todas são usadas pelas indústrias na pecuária, avicultura e aquicultura.

“A produção dos três tipos de leveduras é um diferencial que coloca a usina Jacarezinho em um patamar acima na exploração desse recurso tão importante para a produção de alimentos”, comenta Condurme Aizzo.

A estimativa é que sejam produzidos de cinco a seis mil toneladas do insumo até o fim da safra 2023/24.

Nutrição do solo

A usina também pretende intensificar o uso da cama aviária, um fertilizante orgânico completo, que substitui a adubação química (NPK) nas soqueiras. Também buscará ampliar a nutrição por compostagem de torta de filtro, resíduo da mistura do bagaço moído e do lodo da decantação, que contém grande quantidade de nutrientes e não agride o meio ambiente.

Outra novidade, de acordo com a empresa, é a substituição do uso da vinhaça por aspersão convencional, pela aplicação localizada nos sulcos de plantio da cana. Cerca de 2,5 mil hectares de área devem ser beneficiados com essa medida, o que diminui os custos de manutenção da lavoura e reduz o uso do potássio, cujo excesso pode provocar a contaminação de lençóis freáticos.

Avanços industriais

Para o próximo ciclo produtivo, a usina Jacarezinho ainda deve contar com uma nova mesa com sistema de limpeza a seco, que irá retirar até 20 kg de impurezas vegetais e minerais em cada tonelada de cana-de-açúcar descarregada após a colheita.

A melhoria, segundo a companhia, resultará no maior aproveitamento da calda extraída e possibilitará a moagem de até 800 toneladas de cana a mais por dia. Já os resíduos do processo serão reaproveitados na caldeira, para geração de energia térmica, e na compostagem, para produção de adubos.

A usina recebeu, ainda, quatro novos caminhões agrícolas e oito conjuntos de rodotrens, recursos que aumentam a capacidade de transporte da colheita e, consequentemente, do processamento da cana.

Outra melhoria divulgada pela empresa está na fábrica de açúcar branco, que deve ser ampliada com a instalação de um novo cozedor industrial, utilizado para a cristalização. O equipamento tem 850 hectolitros de capacidade e irá ampliar significativamente a qualidade do produto final.

Outras medidas

A usina Jacarezinho relata que dará prosseguimento a iniciativas bem-sucedidas da safra anterior, como o trabalho feito para descompactação do solo, a minimização do pisoteio das linhas de cana e o reforço no treinamento das equipes envolvidas em todo processo produtivo.

Ainda de acordo com a empresa, será mantido o método interrotacional ocorrendo simultaneamente (meiosi), sistema de cultivo que inclui a intercalação da lavoura com culturas de soja e crotalária, uma leguminosa usada para adubação verde, porque suas raízes favorecem a absorção de nutrientes do solo.

Outra medida adotada foi a antecipação da safra em uma semana em relação ao inicialmente planejado. Segundo a companhia, isso foi necessário para mitigar os efeitos do maior volume de chuvas previsto para o segundo semestre de 2023 e diminuir eventuais perdas na colheita.

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