A Jalles Machado registrou lucro líquido de R$ 115,7 milhões no primeiro trimestre desta safra 2021/22, ante prejuízo no mesmo período da temporada passada.
A receita líquida cresceu 86,8%, para R$ 378,5 milhões, impulsionada pela aceleração das vendas de etanol. Com os preços elevados do biocombustível, a companhia antecipou vendas que costumavam ser feitas apenas na entressafra.
O volume de etanol vendido no trimestre aumentou 64,7% ante o primeiro trimestre da safra passada, quando as vendas foram fortemente afetadas pelo início da pandemia. Também cresceu o volume de açúcar branco vendido, em 72%.
Já o volume de venda de açúcar orgânico caiu 20%, afetado pela indisponibilidade de contêineres e navios – que levou clientes a postergarem embarques de produtos contratados para entrega nos Estados Unidos.
As vendas de saneantes cresceram 1,4% em volume no trimestre, aproveitando a alta de 17,5% no preço das caixas.
A companhia também obteve R$ 1,2 milhão em receita com a venda de 40,7 mil Créditos de Descarbonização (CBios).
Ebitda e margem
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado em 12 meses alcançou R$ 909,6 milhões, um aumento de 37,7%. A margem Ebitda caiu 1,1 pontos percentuais, para 72%. Com a entrada de R$ 520 milhões em recursos do IPO, a dívida líquida da companhia é atualmente de R$ 63,5 milhões, o que resulta em uma alavancagem de 0,1 vez.
Do total de açúcar a ser exportado nesta safra, a Jalles Machado já possuía 80% do volume com preços fixados, a R$ 1.569 a tonelada. Também já estão fixados 91% do açúcar para a próxima safra a um valor médio de R$ 1.680 a tonelada e 22,8% da commodity para a safra 2023/24 a R$ 1.895 a tonelada.