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Jataí Agroindústria inicia operações após quase uma década de paralisação

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O município de Jataí (GO) presencia o início das operações de etanol da Jataí Agroindústria de Biocombustíveis, um projeto que estava parado há quase dez anos. Segundo a companhia, as atividades já geram 500 empregos diretos e indiretos, com previsão de movimentar R$ 28 milhões mensais.

Com capacidade para processar 500 toneladas de milho por dia, a planta tem capacidade de produzir 210 mil litros de etanol, 125 toneladas de DDG (subproduto para ração animal), 7,5 toneladas de óleo de milho e 50 mil litros de xarope de vinhaça diariamente.

Jataí é uma das cidades com maior produção de milho do estado de Goiás. Mas o engenheiro responsável pelo projeto, Vital Nogueira, reforça que uma vantagem da planta industrial é a capacidade para esmagar milho e sorgo.

“Goiás planta muito sorgo granífero, que é utilizado para alimentação animal. Então, você pode moer ambas as culturas, fazendo com que os dois produtos gerem uma ração aí de alto valor proteico também”, explica.

Além disso, ele relata que há capacidade para dobrar a produção. “É uma planta que só vem somar dentro do município, vai fazer com que o produto plantado e colhido em Jatai seja industrializado aqui na cidade”, comemora

Propriedade do empresário Walter Giacomini, a indústria enfrentou por dez anos obstáculos burocráticos e alega que houve “falta de apoio político” para obter as certificações necessárias para o funcionamento. A reviravolta aconteceu em agosto de 2024, quando o vice-prefeito de Jataí, Geneilton Assis, e o senador Wilder Morais assumiram a frente das negociações em Brasília.

“Este é um exemplo de como empresários corajosos e uma política voltada ao desenvolvimento econômico podem transformar uma região”, afirmou Geneilton Assis. “A arrecadação gerada por essa indústria será revertida em benefícios diretos para a população, como investimentos na saúde, educação e infraestrutura”, completou.

Biodiesel

A nova usina de etanol recebeu autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na última sexta-feira, 27. A unidade possui o mesmo CNPJ da planta de biodiesel localizada no mesmo local, que foi revogada pela agência em janeiro deste ano.

De acordo o despacho publicado pela agência reguladora no Diário Oficial da União (DOU), o cancelamento ocorreu porque a empresa não apresentou licença ambiental do governo estadual e auto de vistoria do Corpo de Bombeiros.

Jornal do Vale
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