A Justiça de São Paulo autorizou nesta quarta-feira (5) a reintegração de posse de 34 máquinas e equipamentos, entre colhedoras, tratores e caminhões, pertencentes à Usina Carolo, localizada em Pontal (SP), na região metropolitana de Ribeirão Preto. A decisão foi divulgada em reportagem do portal Metrópoles.
De acordo com a publicação, a usina foi um dos alvos da Operação Carbono Oculto, deflagrada em agosto deste ano em uma ação conjunta da Polícia Federal (PF), da Receita Federal e do Ministério Público de São Paulo (MPSP). A investigação apura um esquema bilionário de lavagem de dinheiro, sonegação de impostos e adulteração de combustíveis, que teria contado com a suposta participação da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Segundo o Metrópoles, a ordem de reintegração inclui seis colhedoras de cana-de-açúcar, além de 12 tratores, 12 transbordos (grandes caçambas usadas no transporte da cana) e quatro caminhões.
Os equipamentos haviam sido alugados por um período de 60 meses, com pagamento previsto para ocorrer em oito parcelas anuais, entre maio e dezembro, a fim de acompanhar o fluxo de caixa sazonal da usina. No entanto, os credores da Carolo relataram que não obtiveram resposta da empresa ao tentarem renegociar as pendências. O déficit acumulado pelos aluguéis em atraso é estimado em R$ 8,5 milhões, conforme apurou o Metrópoles.
Os contratos de locação foram firmados na época em que o controle da usina estava nas mãos da família Carolo, que ainda figura como devedora solidária nos documentos. Com o avanço das investigações, o comando da empresa passou a ser atribuído a Mohamed Hussein Mourad, conhecido como “Primo” ou “João”, e Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”, segundo informações do Metrópoles.
A Operação Carbono Oculto segue em andamento e investiga a atuação de um grupo empresarial suspeito de movimentar bilhões de reais em fraudes ligadas ao setor de combustíveis e energia.
Informações do Portal Metropoles

